O diretor de Organização e Relações Sindicais do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Estadual (Sintespe), Volney Chucre, denunciou, no plenário da Assembleia Legislativa, nesta quinta-feira (11), a paralisação de alguns serviços no Complexo Penitenciário São Pedro de Alcântara, em Florianópolis. Segundo ele, na quarta-feira, o banho de sol, a visita de familiares e advogados foram interrompidos por falta de agentes penitenciários. O diretor afirmou que no dia 17 de abril haverá uma grande mobilização de servidores e caso o governo do estado não cumpra as reivindicações, os servidores ligados aos serviços penitenciários podem paralisar as atividades.
Na semana passada, a deputada estadual Angela Albino (PCdoB) acompanhou protesto dos agentes penitenciários e intercedeu para que o Sintespe pudesse trazer a público, na Alesc, as dificuldades vividas pelos servidores. Entre as exigências estão a reposição do efetivo e o reajuste salarial. Desde 2006, profissionais concursados estão esperando ser chamados e ainda não estão trabalhando, dificultando o serviço dentro das penitenciárias.
“Falta efetivo, o sistema prisional está precário. O serviço público está jogado às traças. Nós estamos parando, não para fazer greve, mas por não ter quem trabalhe. Tivemos que paralisar, muito recentemente o banho de sol, a visita de familiares e advogados”, reclamou Volney Chucre, diretor de organização e relações sindicais do Sintespe.
A deputada Angela Albino constatou e criticou a precariedade do serviço penitenciário. “O serviço público em geral está precário, vemos também a situação dos professores, dos servidores da saúde e essa realidade da segurança. Política pública se faz com o servidor público, só assim conseguiremos melhorar essas três áreas tão importantes para a população. Precisamos mudar a forma que o Estado tem tratado os nossos servidores e instituir uma política pública séria e efetiva”, afirmou.
Além de todos esses problemas, Volney Chucre também denunciou que há servidores do Instituto Geral de Perícias (IGP) que há oito anos não tiram férias por não terem substitutos, além de trabalharem em uma escala pesada sem direito a folgas. “Desde 2006, nós estamos esperando as contratações e o reajuste de salário, mas não conseguimos. No próximo dia 17, vamos fazer uma mobilização com todos os servidores públicos, vamos reivindicar o cumprimento da data-base da categoria. Ou o governador Raimundo Colombo cumpre, ou terá greve geral no serviço público do Estado”, garantiu.
Matéria enviada pela Assessoria de Imprensa de Angela Albino.
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