Servidora da Funai acusada de atuar contra indígenas é exonerada da Casa Civil

Carla Fonseca de Aquino Costa foi removida do novo cargo pelo ministro-chefe Rui Costa após reportagem exclusiva da Fórum revelar alinhamento com o bolsonarismo

Créditos: Arquivo pessoal

Por Henrique Rodrigues, Revista Fórum. 

A servidora Carla Fonseca de Aquino Costa, que ocupou o cargo de coordenadora-geral de Licenciamento Ambiental da Funai durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), sobre quem recaem acusações de ter se alinhado à política anti-indígena bolsonarista da gestão do delegado da PF Marcelo Xavier, foi exonerada do novo cargo para o qual havia sido nomeada Casa Civil do governo Lula (PT), fato revelado na quinta-feira (26) por uma matéria exclusiva da Fórum. A decisão pelo desligamento do órgão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta sexta (27), e assinada pelo ministro-chefe Rui Costa.

Originalmente vinda do Ibama, onde é funcionária de carreira, Carla passou quase quatro anos na entidade responsável por zelar pelos povos originários do país e lá enfrentou uma série de acusações sobre alinhar-se à política de extrema-direita do antigo governo, que colocou essas populações em condições de grande vulnerabilidade após um mandato que negligenciou e agiu abertamente contra os interesses dos indígenas.

Foto: Carla Fonseca de Aquino Costa

A decisão de Rui Costa vem na esteira de outras demissões e afastamentos promovidas pela gestão de Lula para “desbolsonarizar” a administração pública federal, que foi em grande parte aparelhada e infestada de radicais extremistas que compuseram o governo de Bolsonaro de 2019 ao fim de 2022. Ações semelhantes, de exoneração, já ocorreram em inúmeros ministérios e abarcaram sobretudo militares que estavam lotados dentro do Palácio do Planalto.

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