A história da dança catarinense tem muitas lacunas na linha do tempo. Faltas sentidas pelas pesquisadoras-artistas Jussara Xavier, Sandra Meyer e Vera Torres que idealizaram o projeto Midiateca de Dança, uma plataforma criada para arquivar e disponibilizar conteúdo sobre a área e, ao mesmo tempo, preservar a memória da dança do passado e recente produzida em Santa Catarina.
“Queremos produzir registros de memórias que possam servir de referência a outros pesquisadores e artistas. Faltam espaços institucionais que deem conta de organizar minimamente acervos e memórias. Midiateca de Dança tenta modestamente ser um dispositivo que atenue estas lacunas na história da dança catarinense”, explicam.
Após o lançamento do portal no ano de 2019, as pesquisadoras agora se dedicam a outra etapa do projeto. A Ação Documental, viabilizada pelo Prêmio Elisabete Anderle de Apoio à Cultura (2020), tem parceria com o Instituto Meyer Filho e irá realizar uma série de entrevistas com importantes nomes da cena artística estadual e nacional.
“Os nomes surgiram em razão de suas experiências, conhecimentos e atuação em cada um dos temas a serem abordados. Nomes do estado e de fora do estado de Santa Catarina juntos oferecem uma rede de relações possíveis para pensarmos nos modos de produção de forma mais ampla. Permitir que a produção catarinense entre em diálogo com a produção nacional”, complementa o trio. A agenda de programas será realizada em dois momentos: de 28 a 30 de abril e de 12 a 14 de maio, no canal youtube.com/midiatecadedança
Primeira rodada
Com o tema “Intersecções entre dança e imagem na tela”, a primeira rodada de entrevistas começa nesta quarta-feira(28), às 20h. Os convidados do primeiro programa são o professor e doutor em Artes Visuais Leonel Brum, a educadora e artista multimídia Sarah Ferreira com depoimento da artista Monica Siedler e mediação de Sandra Meyer.
A urgência de pensar o momento de virtualidades e atividades remotas no campo da dança, intensificada pela pandemia, fez crescer o interesse pela produção em videodança. Segundo Sarah Ferreira, as experiências com a dança e a imagem aumentaram significativamente no período de isolamento social e tornaram-se não só lugar de exposição de trabalho, mas em muitos casos, um novo caminho para o artista.
“Essa disciplina artística já vem conquistando há algum tempo espaço no currículo das universidades. E mais do que isso, muitos artistas encontraram um caminho profissional, mais um modo de expor o trabalho e um espaço possível para dança”, destaca.
“O balé clássico em contextos catarinenses” será assunto do segundo programa, no dia 29 de abril, às 20h. A entrevista busca pensar esta técnica de dança como motor inicial de um cenário de produção e de formação em dança surgido a partir dos anos 1950, principalmente em duas cidades do estado: Blumenau e Florianópolis.
Conversam sobre o tema com mediação de Vera Torres e depoimentos de Ivana Deeke Fuhrmann e Fernanda Meyer, a bailarina e professora de ballet clássico Letícia Gallotti e Beatriz Niemeyer, que dirigiu os primeiros ballets de repertório apresentados em Blumenau, hoje um pouco distante das sapatilhas.
Conversam sobre o tema com mediação de Vera Torres e depoimentos de Ivana Deeke Fuhrmann e Fernanda Meyer, a bailarina e professora de ballet clássico Letícia Gallotti e Beatriz Niemeyer que, no início da década de 80, como co-fundadora do Corpo de Dança Maria de Caro, dirigiu os primeiros ballets de repertório apresentados em Blumenau.
“O ballet sempre teve um espaço importante em Santa Catarina. É uma das vertentes mais presentes nos festivais que acontecem em nosso Estado – Festival de Dança, Prêmio Desterro e até mesmo a Escola Bolshoi – que acabam estimulando a divulgação e participação dos bailarinos clássicos com a vinda de professores de fora. Eu acredito que até por conta disso a produção está um pouco voltada para o individual. As pessoas se qualificam e almejam bolsas de estudos internacionais, justamente pela dificuldade em nosso país em investir em arte, sem muitas perspectivas profissionais”, situa Letícia.
E diante dessa realidade “como despertar em crianças e jovens o interesse pela dança?” Jussara Xavier faz a mediação da conversa do dia 30 de abril, também às 20h, com o artista e pesquisador em conexão com as ideias de coreografia, memória e infância Neto Machado e Uxa Xavier, especialista no método Laban pela USP.
Após a realização da segunda rodada de programas, de 12 a 14 de maio, a produção de entrevistas será desdobrada em seis filmes. O material documental entrará para o acervo da Midiateca de Dança, onde ficará disponível gratuitamente para consulta (midiatecadedanca.com).
SERVIÇO
O que: Midiateca de Dança Ação Documental
Quando: De 28 a 30 de abril e de 12 a 14 de maio.
Horário: 20 horas
Onde: youtube.com/midiatecadedança
ABRIL 2021
28 de abril de 2021, 20h
Programa 1: Interseções entre dança e imagem na tela
Sinopse: A quantas anda a produção de dança voltada para a tela no estado de Santa Catarina? A relação corpo e imagem nos últimos tempos se expandiu, envolvendo desde produções em formato vídeo-dança à iniciativas mais recentes de captura de imagem por meio de tecnologias diversas e de maior acessibilidade de produção e comunicação. O encontro discutirá a produção visual para a tela elaborada por artistas e coletivos catarinenses, bem como ocorrências no contexto nacional.
Convidados: Sarah Ferreira (Florianópolis/SC) e Leonel Brum (Fortaleza/CE)
Depoimento: Monica Siedler (Florianópolis/SC)
Mediação: Sandra Meyer (Florianópolis/SC)
Leonel Brum: Diretor artístico do festival dança em foco – Festival Internacional de Vídeo & Dança. Membro fundador da Rede Ibero-Americana de Videodança (REDIV). É doutor em Artes Visuais pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (EBA/UFRJ). É professor dos cursos de Graduação em Dança do Instituto de Cultura e Arte da Universidade Federal do Ceará (ICA/UFC). É coordenador do projeto TEPe: Technologically Expanded Performance (UFC e Ulisboa) e do Midiadança: laboratório de dança e multimídia da UFC.
Sarah Ferreira: Performer, educadora e artista multimídia. Membra da Rede Iberoamericana de Festivais Internacionais de Videodança (REDIV). Mestra em Teatro pela Universidade do Estado de Santa Catarina com a pesquisa “Ativismo curatorial da Videodança”. Criou em 2007 a página VIDEODANÇA+, uma plataforma digital de vídeos de dança.
Monica Siedler – Atriz, com graduação e mestrado em teatro pela UDESC (Florianópolis/SC). Foi professora da disciplina de performance nos cursos de dança (2018-2020) e teatro (2020) na FURB (Blumenau/SC). Faz parte da curadoria e organização do Vértice Brasil: encontro e festival ligado ao The Magdalena Project – rede internacional de mulheres artistas, realizando até o momento 4 edições (2008, 2010, 2012, 2014). Realizou as performances O Pior de Mim (2016) e a Trilogia Ninguém é Impossível: com as performances Só Depois (2011); Somático (2010); 1A (UMA) (2007).
29 de abril de 2021, 20h
Programa 2 : O balé clássico em contextos catarinenses
Sinopse: Noite de Bailados (1945), dirigida pela coreógrafa e bailarina alemã Lisel Klostermann, em Blumenau, e Espetáculos de Bailados (1952), dirigido pela bailarina e professora Albertina Saikowska de Ganzo, em Florianópolis, contribuíram para a constituição de uma produção artística e formativa no estado de Santa Catarina. A partir destes dois acontecimentos marcantes da dança em Santa Catarina, o encontro pretende situar o balé historicamente e no contexto mais recente da dança nestas duas cidades, considerando as contribuições de nomes como Lisel Klostermann, Albertina S. Ganzo, Pauline Winifred Stringer, Jaques Oliver, Ramon Jisnisky, Bila Coimbra, Sandra Nolla, Pedro Dantas, dentre outros, para o desenvolvimento da dança em Santa Catarina.
Convidados: Beatriz Niemeyer (Blumenau/SC), Letícia Gallotti (Florianópolis/SC).
Depoimentos: Ivana Deeke Fuhrmann (Blumenau/SC) e Fernanda Meyer (Nova Iorque)
Mediação: Vera Torres (Florianópolis/SC)
Letícia Gallotti é bailarina, professora de ballet clássico, coreógrafa e diretora. Iniciou seus estudos em ballet clássico em 1987 na Escola Albertina Ganzo, Florianópolis. Em 1994 obteve o diploma de formação em Danças Clássicas na Álea Academia de Dança e, no ano seguinte, começou a ministrar aulas de ballet. Possui graduação em Letras Francês e mestrado em Lingüística, ambos pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Em 1999 morou na França e Alemanha, aperfeiçoando a língua francesa e a formação clássica em dança. Participou de remontagens de ballets de repertório como diretora, bailarina e professora, dentre eles: Dom Quixote, Coppélia, O Quebra-Nozes, La Fille Mal Gardée e Carmen (2019). É diretora da Associação Cultural Arte.Dança e professora do Curso de Graduação em Dança da Universidade Regional de Blumenau (FURB).
Beatriz Niemeyer nasceu em Blumenau, 1957, ingressou no ballet em 1961, estudando com Valentina von Rogoschin e Mara Probst Schloegel. A partir de 1972 foi aluna da inglesa Pauline Stringer, tornando-se, posteriormente, sua assistente. No início da década de 80, como co-fundadora do Corpo de Dança Maria de Caro, dirigiu os primeiros ballets de repertório apresentados em Blumenau. Nos anos 90, apresentou inúmeras vezes o Corpo de Baile do Teatro Carlos Gomes ao lado da Orquestra de Câmara de Blumenau. Graduou-se professora da Royal Academy of Dance (Londres), sendo a primeira professora catarinense a obter credenciamento. Também aprendeu Sapateado e foi pioneira na introdução deste gênero em Blumenau, na Escola de Ballet do Teatro Carlos Gomes. Publicou o livro comemorativo dos 20 anos da Escola de Ballet Pró-Dança: “Arte em Movimento” (2007). Dirigiu a Escola de Ballet do Teatro Carlos Gomes, Pró-Dança de Blumenau, de 1988 a 2016 e neste período inscreveu cerca de 900 estudantes para exames de certificação na Royal Academy of Dance. Sua gestão primou pela formação continuada dos professores, propagando a filosofia de que a dança é um direito de todos.
Ivana Deeke Fuhrmann possui Licenciatura e Bacharelado em Dança pela Universidade Católica do Paraná. Especialização em Movimento Humano e Saúde e Mestrado em Educação, ambos pela Universidade Regional de Blumenau (FURB). Professora titular da FURB nos cursos de graduação de Teatro e de Dança. Integrante do Grupo de Pesquisa em Arte e Estética na Educação/FURB. Editora da revista “O Teatro Transcende”/FURB. Especialização em Dança Contemporânea no Alvin Ailey (Nova York) e no Teatro Colón (Buenos Aires). Formação Cultural na Suécia e Las Vegas no Cirque du Soleil. Coreógrafa premiada em festivais do Brasil e exterior. Possui artigos publicados em vários livros.
Fernanda Schaeffer Meyer é bailarina e professora de dança. É natural de Florianópolis, onde estudou com Albertina S. Ganzo e Pochi na conceituada escola nos anos 1970. Na mesma cidade lecionou no Studio de Danças e na Academia Corpo e Expressão. Em São Paulo estudou com Sonia Motta e Klauss Vianna. Em Nova Iorque, cidade onde reside, fez a formação em Alexander, sendo professora desse método de re-educação psicofísica.
30 de abril de 2021, 20h
Programa 3: Como despertar em crianças e jovens o interesse pela dança?
Sinopse: O encontro reúne profissionais com experiências de ensino e de produção artística voltadas ao universo infanto-juvenil, considerando o imaginário contemporâneo.
Convidados: Neto Machado (Salvador/BA); Uxa Xavier (São Paulo/SP)
Depoimento: Ivana Bonomini (Florianópolis/SC).
Mediação: Jussara Xavier (Florianópolis/SC).
Neto Machado é artista e pesquisador em conexão com as ideias de coreografia, memória e infância. Mestre PPGAC-UFBA, foi bolsista do Instituto Akademie Schloss Solitude – Alemanha (2013/14) e do projeto e.xe.r.ce de Montpellier – França (2008). Dentre seus trabalhos estão: Coreografia de Papel (livros-coreográficos para infância – finalista do prêmio Jabuti 2020); peças para crianças Kodak e Desastro (integrantes de diversos festivais e projetos pelo país); Biblioteca de Dança (instalação sobre histórias da dança citada na lista de destaques de 2017 pela revista AntroPositivo). Integrante da Dimenti (BA), Neto já apresentou em mais de 50 cidades e 10 países. Mais informações em: netomachado.com
Uxa Xavier é professora de dança para crianças há mais de trinta anos, seus mestres fundamentais foram Maria Duschenes e Klaus Vianna. Especialista no Método Laban pela USP. Professora convidada no Curso de Arte e Educação/Teoria e Prática (USP) na linguagem de dança. Professora convidada na Pós Graduação Latu Sensu Celia Helena em Corpo: Dança, Teatro e Performance. Coordenou junto a Georgia Lengos o grupo de estudos do qual originou o livro “Põe o dedo aqui”, contemplado pelo Prêmio Klauss Vianna de Dança 2007. É diretora do Grupo Lagartixa na Janela, núcleo fundado em 2010, que desenvolve pesquisas e criações em dança na infância e em espaços públicos. Atualmente dirige o projeto “As dobras de Uma Obra”, contemplado pela 28ª edição do Fomento à Dança.
Ivana Bonomini é professora Especialista em Dança Cênica/UDESC (2001) e Licenciada em Artes Plásticas/UDESC (1983). Formou-se em Ballet Clássico pela Escola de Dança Albertina Ganzo. De 1984 a 1990 foi integrante do Ballet Desterro. Fez parte do Grupo Ronda de Dança e Teatro como intérprete-criadora desenvolvendo um trabalho em dança contemporânea. Como professora, ministrou aulas na Escola Albertina Ganzo de 1986 a 2006, dando continuidade na Associação Cultural Arte.danca até 2018. Desenvolve um trabalho utilizando-se de ferramentas de improvisação e do ballet clássico, buscando a integralidade do aluno através da assimilação de regras e da alegria de dançar.
MAIO 2021
12 de maio de 2021, 20h
Programa 4: Dança urbanas em contextos contemporâneos
Sinopse: Santa Catarina possui um número expressivo de dançarinos/as/es e coletivos de danças urbanas. Este encontro gravita em torno do legado das danças produzidas no e a partir do contexto urbano na formação e na produção artística, considerando a invenção de modos de se mover e compor nas fricções entre danças contemporâneas e a cultura hip hop. Neste contexto, chama a atenção para o breaking das bgirls contrapondo a hegemonia masculina.
Convidados: Agna Muller (Garopaba/SC); Vanilton Lakka (Uberlândia/MG); Gui Fant e Julia Milan (Florianópolis/SC).
Depoimentos: Alejandro Ahmed (Florianópolis/SC); Carol Eduarda Ricobom e Kamilla Fernandes (Blumenau/SC).
Mediação: Jussara Xavier (Florianópolis/SC)
Agna Muller é artista da dança há mais de 30 anos. Atualmente, ao lado de Rogério Ribeiro, é diretora e coreógrafa da Cia de Dança de Garopaba Atitude. Realiza estudos e pesquisa o Breaking como linguagem artística em interface com uma investigação contemporânea em dança. Através do trabalho com a Cia Atitude, recebeu muitas premiações Nacionais, Internacionais e participação em programas de TV e contemplados por edital Estadual Elisabete Anderle/SC nas últimas três edições consecutivas (2017, 2019 e 2020). Foi presidente e compõe a diretoria atual da Associação dos profissionais da Dança do estado de Santa Catarina e delegada estadual na II e III Conferências Nacional de Cultura e hoje é presidente do Conselho Municipal de Políticas Culturais e conselheira no Conselho Municipal de Educação de Garopaba. Coordenou os projetos pedagógicos de Dança e Expressão Corporal da Secretaria Municipal de Educação e Cultura de São Leopoldo (1999 à 2004). Além de outros eventos, é criadora e diretora do Festival Nacional Garopaba em Dança, que atualmente está na sua décima quinta edição. Foi contemplada pelo prêmio de Reconhecimento pela Trajetória Cultural no Estado de Santa Catarina (Dez.2020).
Gui Fant e Julia Milan são parceiros na vida e na dança desde 2010, a partir daí, vêm trabalhando juntos como professores de Danças Urbanas em escolas de dança, projeto social e contra turno escolar. Gui tem seus estudos dedicados ao breaking desde 2003 e Julia ao Hip Hop Freestyle desde 2004. Em 2015, iniciaram seus trabalhos como professores e coreógrafos do projeto social IGK Dance, do Instituto Guga Kuerten em parceria com a Cenarium Escola de Dança. Seus trabalhos artísticos são realizados com o nome South Flavor e nos últimos anos se destacam o espetáculo “Asas” dirigido por Elisa Schmidt e a performance “Freedom Now”.
Vanilton Lakka possui Bacharelado em Ciências Sociais-UFU, Mestre em Artes PPGArtes-UFU, e doutorando em Artes Cênicas no PPGAC-UFBA. É coordenador do bacharelado em dança da UFU (Universidade Federal de Uberlândia) e um dos diretores da ANDA (Associação Nacional de Pesquisadores em Dança). Criador-intérprete premiado pela APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes (2005), atua com produção cultural, criação, interpretação e pesquisa em dança. Sua formação é marcada pela vivência nos universos da Dança de Rua e da Dança Contemporânea. Suas criações coreográficas destacam questões referentes ao uso de técnicas corporais, a formatação de trabalhos de dança em diferentes suportes, a exploração da relação arte-cidade no ambiente urbano com foco na criação e na formação, e em sua pesquisa mais recente tem se dedicado a investigar proposições coreográficas caracterizadas por serem composições coletivas para coletivos não estáveis.
Alejandro Ahmed é coreógrafo, diretor artístico, e performer do Grupo Cena 11 Cia. de Dança. Seu trabalho já foi apresentado além do território nacional em outros países da América do Sul, América Central, América do Norte, Europa e Ásia. Atuou como curador na MITsp, Bienal Internacional SESC de Dança, Festival Cultura Inglesa, Mostra de Dança de Florianópolis, Itaú Rumos Dança, Petrobras Cultural e Festival de Dança de Joinville. Com 19 obras estreadas entre 1994 e 2019, junto ao Grupo Cena 11 e colaborações com artistas como Lia Rodrigues (BR), Hooman Sharifi (NOR), Antônio Araújo (BR), Rodrigo Pederneiras (BR), Felipe Hirsch (BR), Inbal Pinto (ISR), Volmir Cordeiro (BR), Luís Garay (ARG), Michelle Moura (BR), Maikon K (BR), tem sido reconhecido pela singularidade nas suas propostas e criac?o?es em Danc?a. Destacam-se os trabalhos Violência, SkinnerBox, Carta de Amor ao Inimigo, Monotonia de aproximação e Fuga para sete corpos e Protocolo Elefante, e os solos Sobre Expectativas e Promessas e Z. Ganhou quatro prêmios APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte), um Pre?mio Bravo, o Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia, Bolsa Vitae, Itau? Transmi?dia, Itau? Rumos Dança e prêmio Honra ao Mérito Cultural Cruz e Souza.
Carol Eduarda Ricobom é professora, bailarina, pesquisadora e artista. Graduanda do curso de Licenciatura em Dança na FURB (5º semestre). Aos 6 anos inicia na Dança Gaúcha de Salão e aos 14, nas Danças Urbanas. Frequenta cursos diversos como Class Masters (SP, 2020); Métodos Não-Coreográficos (2020); Fundamentos do Hip Hop Freestyle (2020); Didática, Dinâmica e Comunicação (2020); Musicalidade (2020); Gestão para Escolas de Dança (2021). Atua como professora de Hip Hop Dance desde 2019. Em 2021 abre a O’One Espaço de Dança, onde ministra aulas de Hip Hop Dance, Videodance, Heels, entre outras.
13 de maio de 2021, 20h
Programa 5: Processos e projetos colaborativos em dança
Sinopse: Práticas de composição e alteridade. Criação de redes de cooperação em dança. Ativação de um corpo crítico, que interpela a si e ao outro. A produção de dança a partir da fricção corpo-cidade.
Convidados: Milene Duenha (Curitiba/PR); Karina Collaço (Florianópolis/SC); Letícia Souza (Joinville/SC)
Depoimentos: Neusa Dendena Kleinubing (Chapecó/SC); Fernando Dalla Nora (Balneário Camboriú/SC).
Mediação: Sandra Meyer (Florianópolis/SC)
Karina Collaço é artista auto?noma, danc?arina inte?rprete-criadora, professora de danc?a contempora?nea. Concluiu o Curso de Danc?as Cla?ssicas na A?lea Academia de Danc?a em 1994. Integrou a Cia. Cena 11 (1996-2003/Floriano?polis) e o grupo Kaiowas (2003-2006/Floriano?polis). Entre 2009 e 2012 ministrou oficinas de danc?a contempora?nea pelo Fo?rum Internacional de Danc?a/ BH). Participou da direc?a?o coreogra?fica e preparac?a?o corporal do grupo “Terceira Danc?a” – pesquisa em danc?a para a terceira idade (bolsa territo?rio Minas – FID 2010). Em 2016, junto da bailarina Daniela Alves, origina o laborato?rio de criac?a?o em danc?a “Ensaio para algo que na?o sabemos”, com o proto?tipo 1: construc?a?o estreado no Mu?ltipla Danc?a 2017. Em 2018, estreia o proto?tipo 2: encher-se de buracos, aprovado pelo Edital Elisabete Anderle de Esti?mulo a? Cultura. Participou do projeto Parquear com o Danc?a Multiplex (2014-2016). Integrou o grupo Clube Ur=H0r (2008-2014/BH) e o grupo Meia Ponta Cia de Danc?a (2010-2014/BH).
Letícia Souza é dançarina, atriz, pesquisadora e produtora cultural. Atua em projetos culturais colaborativos desenvolvidos em áreas como: criação e circulação de obras de teatro e dança, ações formativas e pesquisa/registro de dança, e mediação cultural. Mestra em Teatro pela Universidade do Estado de Santa Catarina.
Milene Duenha é artista com atuação nas intersecções entre dança, performance e teatro. É bacharel em Artes Cênicas pela Universidade Estadual de Londrina (Uel), licenciada em Artes Visuais pela Claretiano e pós-graduada em Artes Visuais / Arte-educação na Uel. É doutora e mestre em Teatro pela Universidade do Estado de Santa Catarina. Professora colaboradora no curso de Dança da UNESPAR, Pr. Coordena o Projeto Corpo, performance e o político em implicação (CPP_Implicações) da UNESPAR. É pesquisadora associada ao AND_Lab | Arte-Pensamento e Políticas da Convivência – Portugal. Desenvolve uma pesquisa artística no Coletivo Mapas e Hipertextos desde 2012, integra o Projeto Corpo, tempo e movimento desde 2014, e o projeto Acocoré desde 2020. Em suas práticas, mobiliza questões ligadas ao corpo ingovernável e seus modos de estar/fazer como potência de afeto. Pesquisa com-posição nas artes presenciais e as relações entre ética, estética e a dimensão política.
Neusa Dendena Kleinubing é Doutora em Educação (UFSM), Mestre em Educação Física (USFC), Especialista em Dança Cênica (UDESC), Formada em Educação Física (FACEPAL). Docente do curso de Educação Física da Unochapecó desde 2006 e coordenadora do projeto de extensão Grupo Universitário de Dança Essência (2010-2020). Coordenou o projeto de extensão Contradança (2009-2011), que teve como proposta desenvolver atividades de dança inclusiva com diferentes setores da sociedade. Pesquisadora na área de Dança, Educação e Formação de Professores.
Fernando Dalla Nora é multi-artista natural de Balneário Camboriú e atuante na área cultural como produtor. É idealizador do coletivo Núcleo Corpóreo onde vem desenvolvendo ações de pesquisa, produção e formação em artes integradas através de projetos apoiados por editais de Leis de Incentivo. Por meio da dança desenvolve projetos de pesquisa, formação continuada e residências em parceria com artistas diversos com foco na experimentação e cruzamento de linguagens artísticas e suas conexões com as novas tecnologias. É bailarino, professor e coreógrafo, pesquisador, performer, DJ, produtor musical e videomaker. Trabalha com somas de linguagens experimentais contemporâneas dentro da dança, artes sonoras, fotografia e audiovisual. Seu interesse é no exercício investigativo, improvisação e construção de narrativas e poéticas, através do corpo, som e imagem.
14 de maio de 2021, 20h
Programa 6: Corpo, escrita e crítica
Sinopse: O lugar da crítica e a constituição de um pensamento em dança no Brasil. Espaços críticos múltiplos: exposição de pesquisas em plataformas digitais.
Convidados: Ana Francisca Ponzio (São Paulo/SP), Lucila Villela (Florianópolis/SC), Beatriz Cerbino (Rio de Janeiro/RJ).
Depoimento: Néri Pedroso (Florianópolis/SC)
Mediação: Vera Torres (Florianópolis/SC)
Ana Francisca Ponzio é jornalista, crítica e curadora de dança. Trabalhou nos jornais Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo, Jornal da Tarde e Valor Econômico. Foi editora de dança da revista Bravo!. Foi consultora e comentarista do programa de televisão STV na Dança, exibido pelo canal SescTV. Foi curadora e diretora de produção do evento Dança em Pauta, realizado pelo Centro Cultural Banco do Brasil. Também foi diretora artística do Panorama Sesi de Dança. Em 2009 lançou o website Conectedance, premiado pela APCA como melhor iniciativa do ano na área.
Lucila Vilela é artista e pesquisadora nas áreas de artes visuais e dança. Professora adjunta do Departamento de Artes Visuais da Universidade do Estado de Santa Catarina (CEART/UDESC). Doutora em Artes Visuais pela Universidade do Estado de Santa Catarina (2017). Membro da equipe editorial da Revista Digital Interartive desde 2008 (https://interartive.org/). Fez a tradução e posfácio do livro: A orquídea, a nuvem, a borboleta, de Loïe Fuller (2020), editado pela Cultura e Barbárie (Florianópolis) e foi coordenadora do Bia Vilela, Espaço de Dança (1996-2018).
Beatriz Cerbino é professora da Universidade Federal Fluminense – UFF, no curso de graduação em Produção Cultural e no Programa de Pós-Graduação em Estudos Contemporâneos das Artes – PPGCA. Desenvolve pesquisas e publica na área de história e crítica da dança, videodança, assim como autoria do e no corpo. É pesquisadora do INCT Proprietas, colaboradora da Rede Íbero-Americana de Videodança – REDIV, e pesquisadora colaboradora do Projeto TEPe – Technologically Expanded Performance. Estudou dança com os Mestres Martha Blanco e Flavio Sampaio.
Néri Pedroso é jornalista, pesquisadora e integrante da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA). Formada em comunicação social/jornalismo pela Universidade Federal de Santa Maria (RS), vive e atua em Florianópolis (SC). Ativista na imprensa cultural desde os anos 1980, com vasta experiência em edição, na criação e coordenação executiva de cadernos e projetos especiais. Diretora da NProduções, microempresa voltada a projetos culturais. Como pesquisadora, atua no campo das artes visuais e da dança contemporânea. É autora dos livros “Hassis” (2010), “Coletiva de Artistas de Joinville: Construção Mínima de Memória” (2012), “Superlativa Marina” (2017) e “Associação Pró-Música de Florianópolis e Darcy Brasiliano dos Santos: Construção Coletiva de Sentidos” (2020). Coorganizadora do livro “Interlocuções Possíveis: Kosuth e Schwanke” (2017). É vice-presidente e integra o conselho curatorial do Instituto Luiz Henrique Schwanke. Escreve para os sites ArqSC e Conecte Dance.
jornalista e videógrafa