Por Elaine Tavares.
Enquanto a nação brasileira assistia aos jogos das Olimpíadas, o Senado nacional aprovava, por 59 votos a 21, na madrugada desta quarta-feira (10), o prosseguimento do processo de impedimento da presidenta Dilma Rousseff. Com essa decisão ela se torna ré no processo e passará por julgamento.
A sessão que definiu a continuidade do impedimento durou 17 horas e foi comandada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski. Segundo a maioria dos senadores existem provas suficientes contra Dilma em pelo menos quatro atos que eles consideram crimes: a publicação de três decretos que ampliaram a previsão de gastos no Orçamento sem autorização do Congresso Nacional e as chamadas pedaladas fiscais no Plano Safra, programa de empréstimos rurais executado pelo Banco do Brasil.
Com a terceira etapa do processo deverão ser marcadas as sessões de julgamento, a começar depois do dia 23 de agosto.
Na última sessão serão necessários 54 votos para afastar Dilma definitivamente. A considerar a votação dessa terça-feira, pouca coisa deverá mudar. Mesmo com manifestações acontecendo em todo o Brasil, a câmara alta brasileira fez ouvidos moucos.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), digno representante do murismo, não apresentou seu voto.
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Fonte: Eteia.