“As favelas são os novos quilombos”, diz Alex Gabriel. Neste novembro, mês da consciência negra, as favelas também mostram presença. Em organização nacional o dia 4 de novembro foi reivindicado como o Dia da Favela. Não se trata de celebrar a miséria, presente em todos os âmbitos da sociedade, mas sim a garra, a persistência e a dignidade do povo que vive nas favelas.
Os moradores das favelas são tratados como minorias pelo sistema. No entanto, são uma maioria social e essenciais para o funcionamento do país. O tráfico dentro das favelas é uma minoria, cerca de 2%, mas é o foco da mídia hegemônica ao falar do território. A semana da favela buscou dar visibilidade à tudo de bom que os favelados produzem.
Com o fim de programas de moradia como Minha Casa Minha Vida, muitos ficaram sem lugar para morar. Hoje há mais de 20 ocupações no estado de Santa Catarina. Neste contexto, Restaura Favela foi criado pela articulação de favelas catarinenses e já ajudou mais de 180 famílias no estado. No entanto “a sensação é como se a gente estivesse enxugando gelo”, diz Alex. Porque os recursos são insuficientes e não se compara ao que poderia ser um Estado presente nas comunidades.
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