Beijing, 27 mar (Prensa Latina) A China e as potências ocidentais encerraram hoje uma semana fatal para suas relações devido à troca de sanções vinculadas à questão dos direitos humanos das minorias étnicas em Xinjiang, noroeste do país asiático.
Além da UE, o Reino Unido, o Canadá e os Estados Unidos também aprovaram simultaneamente sanções contra a China sob o mesmo argumento.
Beijing, por sua vez, retribuiu com igual força as de Bruxelas e Londres, pediu racionalidade e advertiu que, se a hostilidade ocidental persistir, será forçada a contra-atacar em defesa de sua soberania e interesses.
Os observadores locais preveem um impacto negativo nos laços com a Europa, apesar das boas vibrações decorrentes dos recentes pactos para garantir maiores rendimentos e proteção das operações e ativos nos respetivos mercados.
Na opinião de muitos, além das sanções, algumas entidades e compatriotas da nação asiática poderiam processar aqueles que espalham boatos na UE sobre a região autônoma uigur.
Nesse contexto, desde quarta-feira marcas de roupas como a sueca H&M, a americana Gap, Nike e New Balance, a alemã Adidas, a britânica Burberry e a japonesa Uniqlo, enfrentam uma forte polêmica na China porque deixaram de comprar algodão de Xinjiang. pelo suposto uso de trabalho forçado.
Reportagens da imprensa chegam a relatar o fechamento de lojas físicas e a retirada de outdoors dessas empresas.
Em várias ocasiões, as autoridades chinesas denunciaram a politização da questão de Xinjiang no Ocidente e asseguraram que os programas ali aplicados buscam conter o terrorismo, o separatismo e a radicalização.