Sem tratamento correto na gestão Bolsonaro, emas da Presidência morrem com obesidade

Animais vinham sendo colocados em uma dieta com restos de animais

Foto: Mali Ancor por Pixabay

Yahoo.- Tratadas de maneira incorreta durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), duas emas da Presidência da República morreram apenas nesse ano com excesso de gordura.

De acordo com informações do portal UOL, o novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) identificou que os animais vinham sendo alimentados com restos de comida, o que desbalanceou a dieta deles e causou os excessos.

Emas viviam na “casa de Paulo Guedes”

As duas emas mortas viviam na Granja do Torto, uma das residências oficiais da presidência que era ocupada até o meio de dezembro pelo ex-ministro Paulo Guedes.

Um dos animais teve óbito confirmado na segunda semana de janeiro, enquanto o segundo morreu na última semana, segundo a planilha de controle de animais feita pela presidência.

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Autópsia apontou excesso de gordura

A autópsia dos bichos identificou excesso de gordura visceral, abdominal e no fígado. Os médicos responsáveis apontaram que os casos “fecham com o quadro” de doenças cardíacas e hepáticas “desencadeadas provavelmente pelo mau manejo alimentar durante os últimos anos”.

Os técnicos comentaram, ainda, que nunca tinham visto uma ave “com tanta gordura”.

Corte de gastos na área

A suspeita é de que os animais estivessem sendo submetidos a dietas incorretas por conta da baixa quantidade de ração disponível, resultado do corte nos gastos para a área imposto pela gestão de Bolsonaro.

Apenas um terço da verba necessária era destinada para os animais. O gasto estimado para manutenção de todos os bichos nos palácios presidenciais é de 20 mil grãos por ano, mas em 2022, foi de apenas sete mil.

Outro problema apontado nos relatórios é a falta de acompanhamento técnico por um profissional, algo dispensado durante a administração de Bolsonaro.

Animais transferidos

Por não estarem em instalações adequadas nos palácios, onze animais foram transferidos para o Zoológico de Brasília. São eles:

  • 4 papagaios
  • 3 araras-Canindé
  • 2 pavões
  • 1 periquito-de-encontro-amarelo
  • 1 pássaro-preto

A nova administração traçou um plano com três prioridades de forma “emergencial” para frear as mortes dos animais:

  • Ajustar a alimentação, adequando a compra da quantidade suficiente de ração.
  • Contratação de responsáveis técnicos para acompanhamento constante dos animais.
  • Ajuste das instalações e questões de manejo, para que os animais possam ser vacinados, cuidados e se reproduzam em segurança.

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