Por Claudia Weinman, para Desacato. info.
Os moradores da Comunidade Vila Nova II, em São Miguel do Oeste/SC, que há tempos enfrentam problemas relacionados a infraestrutura e saneamento básico na comunidade, denunciaram ao Portal Desacato nesta semana, o vazamento de fossas que acabam escorrendo pelas ruas. Também reclamaram pelo fato das casas estarem sendo invadidas pela terra que desce de um barranco.
Conforme o morador Adriano Crescêncio, o planejamento da comunidade não foi bem feito desde o início, mas os moradores esperam o mínimo de compreensão dos governos. “Quando planejaram a Vila, acharam que a gente não precisava ter carro, moto, ou algo assim, simplesmente jogaram a gente aqui”, critica.
Crescêncio aponta para as fossas que ainda precisam ser consertadas. Segundo ele, em uma das reuniões que a comunidade teve com entidades e órgãos que acompanham a realização de alguns trabalhos na Vila, foi proposto pelos moradores a construção de uma fossa comunitária, no entanto, ele explica que o pedido não foi atendido e apenas algumas casas acabaram sendo beneficiadas. Ele salienta que a problemática continua, mesmo com a busca de alternativas feitas pelos moradores, onde alguns construíram pequenos calçamentos com restos de pedras, porém, o acúmulo de água com as chuvas é grande.
O morador também comenta que a comunidade reclama pelo fato de suas casas serem invadidas pela terra que desce de um barranco. Segundo ele, algumas medidas foram tomadas para evitar que a terra descesse, mas, Crescêncio destaca que seria necessário a prefeitura fazer a abertura de valetas. “É perigoso deixar as crianças brincando perto do barranco. Atrás das casas também não há possibilidade de plantar grama ou fazer uma horta devido a água que acumula e a terra que desce”, explicou.
Outros problemas
Além das problemáticas destacadas por Crescêncio, a comunidade considera perigosa a falta de lombadas e placas de sinalização dentro da comunidade. Os carros que transitam pelo meio da Vila Nova II, a qual possibilita acesso à linha Guamerim por exemplo, normalmente circulam em alta velocidade, colocando em risco a vida das pessoas. Os moradores comentam que haviam construído uma lombada com terra, porém, receberam ordens para retirá-la.
Em contato com representantes da prefeitura, a reportagem foi atendida pela Coordenadora da Defesa Civil, Suinara Folmer. Ela explicou que todos esses problemas serão evidenciados na próxima reunião com a comunidade, que será realizada no próximo mês. Suinara disse que não possuía conhecimento de todos estes dados e que isso seria considerado. Ela destacou também que ainda nesta semana uma máquina seria disponibilizada para a abertura das valetas na comunidade.