Se antifascistas, antissionistas. Às ruas! Por Leandro Monerato.

Manifestação em Londres em solidariedade à Gaza

Por Leandro Monerato.

O extermínio dos palestinos ao vivo pelas tropas nazistas de Israel está chocando o mundo. A revolta é mundial. Manifestações enormes estão se repetindo por todo o globo, inclusive no interior dos países imperialistas que sustentam esse morticínio. Para o imperialismo, a partida Israel é a mais importante para seus interesses geopolíticos mundiais. A Ucrânia vai ser deixada à própria sorte, mas Israel não pode cair; EUA, Inglaterra, Alemanha, França têm razões de Estado para garantir a sobrevida do enclave militar artificial que criaram na região.

O imperativo é tal que o imperialismo está sendo obrigado a abandonar até mesmo o verniz pseudodemocrático dos últimos anos. A crise obriga que a ditadura se escancare. Nesse sentido, se recoloca o problema do fascismo que tem sido financiado fortemente desde 2008, mas ainda não tinha autorização para chegar ao poder.

No Brasil a situação é clara. O bolsonarismo está de volta ao jogo com tudo; agora com apoio da Globo e da terceira via (que de civilizada nunca teve nada), do sionismo, etc. Toda a extrema-direita brasileira está unida na questão israelense. A pressão ideológica do “bandido bom é bandido morto”; a naturalização do horror perpetrado por Israel; a cartelização da imprensa, tudo favorece o fascismo. Enquanto por cima, é evidente que o Mossad e o Estado brasileiro estão numa relação promíscua. O que é muito perigoso.

Nesse sentido, a crise da Palestina tem impactos diretos no desenrolar da luta política interna. Por quê? Porque na medida que EUA está perdendo o controle político pelo mundo, ele necessita controlar de modo ainda mais imediato o continente americano, que para eles é seu quintal. Por isso já está em marcha a orquestração do aparato repressivo a nível continental através da Americapol. Uma espécie de Operação Condor mais ampla.

A ofensiva direitista encontra nesse momento avenida aberta. O governo Lula adotou uma postura centrista; o PT, CUT e MST estão paralisados por isso. Enquanto a esquerda pequeno-burguesa se adapta ao discurso global, como sempre.

Já vimos esse filme antes; e o resultado não será diferente, companheiros. Recuar, vacilar, tergiversar agora vai nos colocar cada vez mais acuados. E os fascistas se alimentam do medo; quanto maior o nosso, maior a violência deles. É preciso reverter essa situação.

Os antifascistas que se levantaram nas ruas contra o golpe da Dilma devem voltar imediatamente às ruas. A luta contra Israel é a principal luta contra o fascismo a nível mundial.

É preciso nos organizarmos em comitês para defender a Palestina; realizar a disputa ideológica com os trabalhadores, e principalmente, não permitir a intimidação e a repressão sionista.

Não podemos deixar passarem! Pois, não tenhamos dúvidas: se passarem, vão implementar o mesmo terror desenvolvido na Palestina aqui no Brasil. É melhor não esperar ver para crer.

A opinião do/a/s autor/a/s não necessariamente representa a opinião de Desacato.info.

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