A militante Sara Geromini, principal porta-voz do controverso grupo autodenominado “300 de Brasília”, reconheceu em entrevista à BBC News Brasil a existência de armas dentro do acampamento montado pelo grupo em Brasília.
De acordo com Geromini, também conhecida como Sara Winter, as armas serviriam para “proteção dos próprios membros do acampamento”. “Em nosso grupo, existem membros que são CACs (sigla para Colecionador, Atirador e Caçador), outros que possuem armas devidamente registradas nos órgãos competentes. Essas armas servem para a proteção dos próprios membros do acampamento e nada têm a ver com nossa militância”, afirmou Geromini.
É a primeira vez em que a porta-voz do acampamento admite a existência de armamento entre os membros do grupo radical, que vem despertando preocupação por supostas atividades paramilitares – o que a ativista nega.
Os “300 de Brasília” são alvo de investigação pela Procuradoria-Geral da República. Na semana passada, deputados do PSOL pediram a abertura de um inquérito para apurar a atuação de Sara Winter em suposta “formação de milícia”.
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