São Paulo quer mudar nomes de ruas que homenageiam a ditadura

“Quem já se propôs a morrer pela democracia sabe o valor desse ato”, disse o prefeito Fernando Haddad no evento

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Jornal GGNA prefeitura de São Paulo lançou, na manhã de 13 de agosto, o projeto Ruas de Memória, para retirar o nome de violadores dos direitos humanos das ruas da capital. A partir das primeiras modificações, o projeto pretende estender e, progressivamente, alterar os nomes de logradouros e equipamentos públicos de São Paulo que fazem referências a pessoas, fatos ou datas vinculadas à repressão durante a ditadura militar.
No mesmo evento, que contou com a participação do prefeito Fernando Haddad, do Secretário de Direitos Humanos da cidade, Eduardo Suplicy, do Secretário-adjunto da pasta, Rogério Sotilli, da coordenadora de Direito à Memória e à Verdade, Carla Borges, e da procuradora presidente Comissão Especial Sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, Eugênia Gonzaga, foram encaminhados à Câmara dos Vereadores dois projetos de lei sobre o tema.
Um deles impede novas nomeações de logradouros com nomes de violadores e o outro propõe alterar o nome do Viaduto 31 de Março para Viaduto Thereza Zerbini. O local, que fica próximo ao Terminal Parque Dom Pedro, no centro da cidade, foi batizado em homenagem ao golpe de 1964 por um decreto do então prefeito Paulo Maluf. Therezinha Zerbini foi responsável pela criação do Movimento Feminino pela Anistia, em 1975.
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“É inaceitável que pessoas que notadamente cometeram crimes e graves violações aos direitos humanos continuem a ser reverenciadas como referências nacionais em nossas ruas, pontes, avenidas e praças”, afirmou a Coordenação de Direito à Memória e à Verdade, na divulgação do evento.
O programa, segundo a pasta, “representa reparação simbólica fundamental para as vítimas diretas destes crimes, demonstra o reconhecimento do Estado dos crimes cometidos por seus agentes e o posicionamento de que não tolerará mais esses atos, traz à tona para toda a sociedade a verdade sobre os fatos e personalidades presentes no cotidiano das cidades e ajuda a reconstruir a memória histórica do país, a partir da valorização da cultura democrática e de promoção dos direitos humanos”.
“Quem já se propôs a morrer pela democracia sabe o valor desse ato”, disse o prefeito Fernando Haddad, durante o lançamento do programa.
Fonte: JornalGGN.

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