Salvemos todas as crianças

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Por Koldo Campos Sagaseta.

Agora que a grande mídia parece empenhada em nos obrigar a escolher entre salvar a menina síria que chora em meio aos escombros de Alepo ou o menino iemenita que chora entre as ruínas de Áden, o a menina palestina que chora na arrasada Gaza, ou a nigeriana que chora a ablação em Lagos, o a saaraui que chora o esquecimento em Tinduf, ou o menino curdo que chora na cercada Hakkari, ou o sudanês que chora no quartel de Cartum, ou a somali que chora no inferno de Mogadíscio, ou o congolês que chora nas minas de Katanga, ou a indonésia que chora de fome em Surabaia, ou a mexicana que chora no cemitério de Ciudad Juárez, ou o mapuche que chora na cadeia de Lumaco, ou a dominicana que chora na desesperança de San Juan, ou a hondurenha que chora no lixão de Comayagua, ou o cambojano que chora na maldição de Battambang, ou a menina haitiana que chora no prostíbulo de Cap Haïtien, ou a californiana que chora na delinquência de South Central, ou o londrino que chora na alcoólatra Brixton, ou o madrilenho que chora na miserável Cañada Real… eu escolho a menina cubana e o menino cubano que riem em Havana, e que é o melhor jeito de resgatar todos eles.

(De Gara – Euskal presoak-euskal herrira)

Tradução: Tali Feld Gleiser, para Desacato.info.

Foto: Radio Rebelde.

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