Por Erick Gimenes.
Os dois chefes de fiscalização do Ibama foram exonerados pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e pelo presidente do órgão ambiental, Eduardo Bim, em atos publicados nesta quinta-feira (30).
Renê Luiz de Oliveira, coordenador-geral de fiscalização ambiental, e Hugo Ferreira Neto Loss, coordenador de operações de fiscalização, deixam os cargos duas semanas após comandarem uma grande operação de combate ao garimpo ilegal na Amazônia.
Para a vaga de Renê, o Ministério do Meio Ambiente nomeou o coronel da reserva da PM de São Paulo Walter Mendes Magalhães Júnior, ex-comandante da Rota (a sangrenta tropa de elite da PM paulista) e ex-superintendente do Ibama no Pará – colocado no cargo por Salles no ano passado, ele autorizou exportações de madeira sem licença.
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Oliveira e Loss são servidores de carreira, bem vistos pelos servidores do Ibama e com perfis técnicos. Eles vinham respaldando as operações de fiscalização contra crimes ambientais.
O chefe de ambos – o então diretor de Proteção Ambiental, Olivaldi Azevedo – já havia sido exonerado pelo governo em 13 de abril, um dia após o programa Fantástico, da TV Globo, exibir uma reportagem sobre a ação contra garimpeiros ilegais no Pará.
Segundo o Ibama, as mudanças foram executadas a pedido do substituto de Azevedo, Olímpio Magalhães, outro coronel de reserva da PM Paulista que assumiu a direção de fiscalização há 15 dias.