A Rússia continua a esforçar-se para não permitir uma ingerência militar na Síria, declarou nesta sexta-feira (30) Iúri Uchakov, assessor do governo russo para Relações Exteriores. “O país trabalha ativamente para evitar um cenário de força na Síria”, disse Uchakov a jornalistas.
Vice-ministro de Relações Exteriores da Rússia, Guenadi Gatilov reitera a posição do seu país, contrária à intervenção militar na Síria, durante reunião do Conselho de Segurança.
O assessor diplomático do presidente Vladimir Putin disse ainda não entender o que leva a comissão de peritos da Organização das Nações Unidas (ONU) a abandonar a Síria no sábado (31), tendo investigado apenas um episódio de emprego de armas químicas, quando a Rússia defende a ampliação da investigação a outros locais.
“Não compreendemos muito bem por que é que toda a equipe [de peritos da ONU] deve regressar a Haia [Holanda], quando continua a haver muitas perguntas sobre o alegado emprego de armas químicas em regiões da Síria. Eles estudam apenas um episódio, o de 21 de agosto”, acrescentou.
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Os membros ocidentais do Conselho de Segurança pressionam pela aprovação de uma resolução que estabeleça a intervenção militar na Síria, mas são contrapostos pela Rússia e pela China. Nesta quinta (29), além disso, o Parlamento britânico votou negativamente ao envolvimento do Reino Unido na agressão.
Outros países ocidentais têm recusado o envolvimento na possível intervenção, e ao menos 12 dos 28 membros da Organização para o Tratado do Atlântico Norte (Otan) já se negaram a participar de uma intervenção, principalmente se faltar a ela a aprovação do Conselho de Segurança, de acordo com a agência russa Itar-Tass, que cita uma fonte oficial da ONU.
Fonte: http://vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=9&id_noticia=222744