O ex-jogador Ronaldinho Gaúcho, apreendido no Paraguai nesta quarta-feira (4) por porte de documentos falsos, está “chocado e ainda não entende o que aconteceu”. Quem informa é o advogado do atleta, Adolfo Marín.
Marín disse que Ronaldinho está disposto a colaborar com as autoridades e responder a perguntas, mas que não há muito que o ex-futebolista saiba.
“Ele poderia entrar sem problemas com seu passaporte e carteira de identidade brasileira. Ele não é especialista em documentos. Ele acreditaria que eles deram a ele esses documentos de cortesia, de forma honorária. Eles desceram do avião com efervescência, lhes pediram os passaportes, eles os entregaram e aí veio o dilúvio”, afirmou o advogado.
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Ronaldinho foi apreendido junto a seu irmão, Roberto de Assis Moreira. Ele culpa o empresário Wilmondes Sousa Lira pelo ocorrido. Lira seria o responsável por cuidar da representação de Ronaldinho no Paraguai e o teria entregue o documento.
O comissário da polícia Gilberto Fleitas fez uma declaração sobre o assunto:
“É uma pena que um ídolo mundial tenha acontecido isso (…) Estamos diante de um evento punível, principalmente quando se trata de um documento oficial (…) Nas primeiras horas da manhã, quando havia uma convicção de que essas pessoas entraram com documentos paraguaios, além do passaporte, foi relatado que eles nunca entraram no registro do Departamento de Investigações”.
Ronaldinho teve seu passaporte brasileiro apreendido em novembro de 2018 junto com o de seu irmão. Ambos foram condenados por crime ambiental por construir ilegalmente um píer na orla do Lago Guaíba, em área de preservação permanente.
Em novembro do ano passado, o ex-jogador foi nomeado embaixador do Turismo do governo de Jair Bolsonaro. Na época, ele ainda estava com o passaporte apreendido.
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