No próximo dia 26 de novembro, a partir das 20h, no Jazzinn Gastrobar (Shopping Beira-Mar), o cantor e compositor Rodrigo Piva faz um pocket show, ao lado dos músicos Jorge Lacerda (baixo) e Richard Montano (bateria), para fazer o lançamento do projeto “Você Já Foi a Floripa?”. Trata-se de uma série audiovisual de entrevistas e gravações musicais com nomes relevantes da música produzida em Florianópolis, a fim de preservar a memória e difundir a obra de compositores, cantores e instrumentistas que atuam na capital catarinense.
Nesta primeira etapa, que tem apoio da Lei de Incentivo às Culturas 2018, da Prefeitura Municipal de Florianópolis, Rodrigo Piva entrevistou os músicos Alegre Corrêa, Alberto Heller, Nilo Conceição (Nilêra), Denise de Castro, Guinha Ramires, Wagner Segura, Leleco Lemos, o duo A Corda em Si, Celinho da Copa Lord e Sílvia Beraldo, os quais, com exceção dos dois primeiros, confirmaram presença no evento de lançamento.
O título do projeto, “Você Já Foi a Floripa?”, é inspirado na música de mesmo nome, de autoria de Rodrigo Piva, regravada no seu mais recente CD “Canto Quântico”, na qual homenageia a cidade de Florianópolis, onde reside há quase três décadas. Essa canção será utilizada como trilha de abertura do programa, servindo como um convite, especialmente ao público de outras regiões, para que conheça não apenas as belezas naturais da Ilha, mas, também, a música de altíssima qualidade produzida pelos artistas locais.
Piva ressalta que essa é uma pequena amostra do universo musical de Floripa, e que existem dezenas de outros artistas a serem entrevistados. Sendo assim, é desejo dos produtores que seja dada continuidade ao projeto e, para isso, estão buscando novos apoios e incentivos.
Após a conclusão do projeto, as entrevistas serão exibidas na TV da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (TVAL) e na internet.
Leia mais: Venha assistir “Quarenta” e comemorar a Novembrada conosco!
EVENTO: https://www.facebook.com/
FICHA TÉCNICA
Apresentação e direção musical: Rodrigo Piva
Produção: Vinil Filmes
Produção executiva e direção de arte: Loli Menezes
Direção e montagem: Marco Martins
Som, gravação e mixagem: Lacerda Estúdio/Jorge Lacerda
SERVIÇO
O quê? Pocket show de lançamento do projeto “Você Já Foi a Floripa?” (Rodrigo Piva e convidados)
Quando? Dia 26 de novembro – terça – 20h
Onde? JAZZINN Gastrobar – Beira-Mar Shopping, 288 – fone 48 99844-4406?
Quanto? Entrada franca
…………………………
ENTREVISTADOS
NILO CONCEIÇÃO (NILÊRA)
Compositor e fundador do Grupo Gente da Terra. Um pescador que, desde que teve nas mãos o seu primeiro violão, na adolescência, desandou a cantar e criar poemas musicados que refletem a alma do homem do litoral, aquele que leva a vida de modo criativamente simples. Nos anos 80, criou o Grupo Gente da Terra e através dele pode dar voz às suas canções, apresentando-se em diversas cidades de Santa Catarina, em outros estados e na Ilha Terceira dos Açores. Em sua trajetória artística gravou uma música em vinil e seis álbuns em CD. Esse amante do mar, da natureza, da música, coloca a sua alma nas suas canções e através delas se apresenta cristalino, não só como pescador, canoeiro, herdeiro dos costumes açorianos e carijó, mas como um ser universal, que vibra com o eterno ensinamento da vida.
DENISE DE CASTRO
Compositora, cantora e pianista, nascida em Florianópolis, é graduada em licenciatura em música pelo Centro de Artes da Udesc. Morou em Portugal por quatro anos, fazendo shows de música popular brasileira em bares, teatros e casas de shows. Entre suas produções musicais destaca-se a direção musical do show Festa Pra Cascaes, promovido pelo governo do Estado de Santa Catarina em comemoração ao centenário de Franklin Cascaes; a trilha sonora para o curta-metragem L’amar, de Sandra Alves; a direção musical do projeto Nossos Compositores (resgate de autores catarinenses); participação no CD Festival de Música Cidade da Canção – Maringá 2007; o 1º lugar no Concurso de Marchinhas de Carnaval 2009 da Prefeitura Municipal de Florianópolis como compositora e melhor intérprete, com a marcha-rancho Guardiã do Samba; É professora de piano, teclado e canto na Escola Livre de Música Compasso Aberto, em Florianópolis. Além de participar em várias gravações de outros artistas da cidade, tem dois CDs gravados com composições próprias: Espírito da Terra e Todas As Ondas.
WAGNER SEGURA
Um dos principais propagadores e divulgadores do gênero choro em Florianópolis, onde integrou conjuntos do gênero, tais como Vibrações e Nosso Choro. Tem cursos de Harmonia Aplicada e Música Popular Brasileira com Ian Guest (RJ), e Prática de Choro, com Luiz Otávio Braga (RJ), realizado pela Fundação Cultural de Curitiba. Criador do Centro Musical Wagner Segura, escola pela qual passaram vários músicos da nova geração de Santa Catarina, entre os quais o cavaquinhista Chico Camargo, Daniel Aranha, Guilherme Cardoso, Anderson Ávila, Marinho e Ademar, além dos integrantes do grupo Ginga do Mané. O violonista, arranjador e compositor é reverenciado por ser o principal propagador e divulgador do chorinho na cidade. Representou Santa Catarina em projetos como Pixinguinha e Pixingão, no Rio de Janeiro. Também tocou com nomes importantes da música catarinense, como Neide Mariarrosa e Zininho.
ALEGRE CORREA
Alegre Corrêa (Passo Fundo/RS) é músico autodidata, com 45 anos de carreira. Iniciou sua trajetória em bandas de baile, mas logo passou a se dedicar à composição. Em 1988, mudou-se para a Áustria, onde consolidou sua carreira tocando com grandes músicos da World Music, dentre eles Joe Zawinul. Ao longo de sua trajetória, Alegre ganhou vários prêmios, sendo os mais importantes: “CD do ano” (Hanskoller Prize – Áustria 2002), “Músico do Ano” (Hanskoller Prize – Áustria 2003) e, com o grupo de Joe Zawinul, o “Grammy Awards” (EUA 2009). Gravou 13 álbuns solo como compositor, arranjador e instrumentista, além de ter tocado com a Orquestra de Hannover (ALE), Tonkünstler Orquestra (AUS), Bruknerhaus Orquestra e Tonkünstler Orchestra no Musikverein em Viena. Nessa longa estrada, desenvolve uma música contemporânea feita de improvisações compostas e de composições improvisadas, repletas de elementos da música popular brasileira, do jazz e da música erudita.
CELINHO DA COPA LORD
Celinho da Copa Lord é um sambista que já ganhou 10 carnavais com seus sambas-enredos. O compositor carrega a escola do Morro da Caixa, de Florianópolis, no nome e no coração. Celinho da Copa Lord já compôs mais de 400 músicas. Celinho é manezinho da Ilha, nascido e criado no Morro da Caixa, no Monte Serrat, reduto da escola de samba Copa Lord, campeã do Carnaval 2018 e tantos outros. Aliás, não é à toa que ele leva o nome da agremiação ao seu próprio, pois a sua história se mistura com a da escola. Filho de sambistas, Celinho cresceu dentro do pavilhão e aprendeu a andar em meio às rodas de samba. Em 2007 ele gravou o seu primeiro CD. Em 2015, o segundo. A canção “Aqui é o meu lugar” ficou conhecida como o segundo hino de Florianópolis. A letra foi composta por quatro amigos (Anderson Ávila, Celinho da Copa Lord, Edu Aguiar e Marçal Santini), que tiveram a ideia de homenagear a Ilha da Magia e falar sobre suas belezas e cultura.
SILVIA BERALDO
Instrumentista (flautista e saxofonista), compositora e arranjadora. Nascida em São Paulo, mudou-se para Belo Horizonte aos seis anos e na adolescência iniciou seus estudos musicais na Fundação de Educação Artística. Participou de grupos de música antiga tocando flauta block. Aos 19 anos, começou a estudar flauta transversa. Em 1973, estudou nos Seminários de Música da UFBA (Salvador) e, em 1974, ganhou uma bolsa do governo francês para estudar etnomusicologia na École Pratique de Hautes Études, em Paris. Em 1975, voltou para o Brasil e fez vários recitais com um grupo formado na França. Em 1976, voltou para Paris, tocando em diversos espaços, retornando ao Brasil em 1977.
Em 1980, se mudou para São Paulo, onde começou a estudar saxofone e a participar de gravações, shows, peças de teatro e orquestras de baile. Em 1982, voltou para Paris para estudar improvisação, saxofone e arranjo no IACP (Institut Art, Culture, Perception) e lá participou de gravações de discos e shows. Em 1984, mudou-se para Florianópolis. Como flautista, acompanhou Tavinho Moura, entre 1978 e 1984, participando de discos e shows do Clube da Esquina. Participou também do filme “Cabaré Mineiro”, de Carlos Alberto Prates, como instrumentista e atriz. Em Florianópolis, desenvolveu um trabalho de composições próprias, fazendo diversos recitais e montou a Orquestra de Dança Quebra com Jeito, que tinha como crooner Neide Mariarrosa. Em 1992, foi bolsista da Berklee College of Music, em Boston. Morou nos Estados Unidos até 1994, tendo feito recitais em Boston e Ottawa (Canadá). De volta a Florianópolis, criou a Compasso Aberto Escola Livre de Música, da qual é diretora além de professora de sax, flauta, percepção e teoria musical, prática de conjunto e improvisação.
GUINHA RAMIRES
Guinha Ramires é músico multi-instrumentista, violonista, compositor, arranjador e mora em Florianópolis desde 1982. É uma das personalidades culturais mais conhecidas e reconhecidas entre os apreciadores e produtores musicais do sul do Brasil. Guinha integrou a banda de Renato Borghetti durante dez anos e fez participações em trabalhos com Elisah, Yamandú Costa e Alegre Corrêa. Em 1982, Guinha deixou Carazinho (RS) e chegou a Florianópolis com seu violão. Desceu o Morro da Lagoa da Conceição e apaixonou-se pelo lugar. Trinta anos depois, já tocou com grandes nomes da música no Brasil, nos Estados Unidos, Argentina e outros cinco países, morou na Áustria, fez sucesso no Japão. Cidadão do mundo, foi muitas vezes pra Europa tocar com seu maior parceiro, Alegre Corrêa – que morou muitos anos em Viena. Suas composições são uma mescla do que acontece no mundo, com suas raízes de homem do sul, que cresceu ouvindo a gaita, o vanerão, o chamamé, as guaranias e os fraseados do violão latino. São dele a maioria das musicas do Dr. Cipó, um dos melhores grupos de musica instrumental brasileira e que tem entre seus integrantes os geniais Alessandro Bebe Krammer no acordeon e Endrigo Betega na bateria.
A CORDA EM SI
O duo A Corda em Si, formado por Mateus Costa (contrabaixista, arranjador e compositor) e Fernanda Rosa (cantora e compositora), estreou em 2009 em Florianópolis/SC, com a proposta de fazer música na rara formação de contrabaixo e voz. Em 2010 lançaram o primeiro álbum, “O Som do Vazio”, trabalho com o qual representaram o Brasil em Lisboa/Portugal no ano de 2013, durante a realização do evento “O Ano do Brasil em Portugal”, a convite do Ministério da Cultura. O Som do Vazio foi aclamado pela crítica e recebeu menção honrosa do “Prêmio Os 100 Melhores Álbuns da Música Brasileira” pela revista Embrulhador.com, sendo lançado em várias regiões do país. O segundo álbum foi lançado em 2014, intitulado “Sinfonia Azul”, com direção musical de André Mehmari. Em 2016 foram escolhidos para participar do Circuito Sesc de Música de Santa Catarina, realizando apresentações em 27 cidades do estado. Apresentou também em circuito estadual o espetáculo “LivreMente”, vencedor do Prêmio do Governo do Estado de Santa Catarina, em 2018. Sendo ambos deficientes visuais, o show “LivreMente” foi feito para ser assistido no escuro, sem interferência visual na apreciação da música e desta forma dar acessibilidade a pessoas com a mesma deficiência.
ALBERTO HELLER
Alberto Andrés Heller nasceu em Buenos Aires, Argentina, reside há quase vinte anos em Florianópolis. Realizou graduação e especialização como pianista concertista em Weimar, Alemanha, entre 1993 e 1998. Heller vem se destacando como compositor e pianista na América do Sul e na Europa, em apresentações solo, música de câmara e junto a diversas orquestras. Sua obra mais recente é a ópera-rock Frankenstein. Como intérprete, destaca-se seu trabalho com o estilo Clássico (Mozart, Beethoven e Schubert) e com o repertório do século XX, bem como a interpretação de suas próprias composições e improvisações. Tem treze CDs gravados, sendo os mais recentes Nondual Piano Meditations (com obras para piano de sua autoria) e Piano Landscapes (com obras de Chopin, Liszt, Debussy, Villa-Lobos, Piazzolla e Ginastera). Várias de suas obras para orquestra de cordas foram gravadas pela Camerata Florianópolis, sob regência do maestro Jeferson Della Rocca. O primeiro trabalho oficial como arranjador para a Camerata foi no CD “Tributo à Música Popular Brasileira”. Entre outros grandes projetos de Heller que ganharam repercussão estão o Rock in Camerata, que em 2018 completa dez anos, com dezenas de músicas do rock que marcaram a história do ritmo, o Especial Beatles, o Música para Cinema 1 e 2 e os ligados à música eletrônica, com Elekfantz e Gui Boratto.
LELECO LEMOS
Com 35 anos de carreira, Leleco Lemos iniciou em 1985, fazendo parte do Grupo Couro & Corda, com o qual gravou seu primeiro CD, em 1993. Participou de diversos festivais de música, sendo premiado na grande maioria como melhor intérprete. Em 2003, fez parte do Grupo Engenho, participando do CD Movimento, gravado no Rio de Janeiro e produzido por Luiz Meira. Integrou a Banda Aroeira nos anos 2000, gravando o DVD Compositores do Rádio ao MP3 – Um Show de Samba e Bossa Nova, cujo repertório foi todo pautado em compositores de Santa Catarina no gênero de samba e bossa nova. Participou como intérprete em diversos CDs produzidos em Florianópolis, tais como Zininho – Jamais Algum Poeta Teve Tanto pra Cantar; CD Bar Fala Mané; Celinho da Copa Lord; Uma Rosa no Meu Jardim, de Elias Marujo, entre outros. Recentemente, participou da gravação dos CDs de Rodrigo Piva, com a música Você Já foi a Floripa?, e no CD de Gilson (Baixinho) Duarte. O músico já fez shows por diversos países, incluindo a Argentina, Paraguai, Uruguai, Portugal, França e outras cidades brasileiras. Em 2017 realizou o show Leleco Lemos canta Gonzaguinha, uma releitura da música do cantor e compositor Luiz Gonzaga Junior, com arranjos de Gustavo Messina. Em 2018, realizou show em comemoração aos 60 anos da Bossa Nova, no Teatro do CIC.