Por Yuri Marcolino.
Após a crise aberta pela delação do dono da JBS Joesley Batista, são 4 as possibilidades para a saída de Temer: processo contra a chapa Dilma-Temer; abertura de inquérito no STF; impeachment; e sua renúncia. Com os seus pronunciamentos, Temer deixou claro que uma dessas possibilidades, a sua renúncia, estava fora de cogitação. Em suas palavras: “Eu não vou renunciar, se quiserem me derrubem”.
Outro possível caminho, aparentemente, também parece estar fechado. Segundo informações, Rodrigo Maia, presidente da Câmara, deve rejeitar todos os 8 pedidos de impeachment que já foram encaminhados.
Rodrigo Maia, o primeiro na linha sucessória caso Temer caia, parece querer manter-se fiel ao presidente. Vale lembrar que a candidatura de Maia para o cargo de presidente da Câmara, foi ponto chave para Temer, no objetivo de acelerar a aprovação das reformas na Câmara, papel que o deputado vem cumprindo à risca.
Mais do que a Temer, a fidelidade do parlamentar é na aprovação dos ataques. Em reunião no Palácio da Alvorada, na noite de ontem, Maia e Eunício Oliveira, presidente do Senado, comprometeram-se a manter a “normalidade” dos trabalhos nas Casas.
Ainda que pairem muitas dúvidas quanto a saída de Temer, a certeza é uma só: todas as saídas por cima são para implementar as reformas. Por isso a luta contra as reformas é a luta de vida ou morte para os trabalhadores hoje. É urgente que as centrais convoquem uma nova greve geral para derrubar as reformas, o Temer e esse Congresso corrupto e que só nos ataca. É preciso intensificar muito mais a construção do ato em Brasília dia 24/5 para efetivamente ocupar a capital do país com centenas de milhares e fazer os poderosos tremerem.
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Fonte: Esquerda Diário.