Atualmente a sociedade brasileira passa por uma série de crises econômicas e políticas, muitas delas remontam em suas origens ao paradigma proibicionista. O proibicionismo enquanto marco normativo pode ser compreendido como o parâmetro para as políticas públicas de que há substâncias ‘boas’ e substâncias ‘más’, que estas devem ser evitadas, e ainda que dentre as diversas formas de evitá-lo a melhor seria a proibição e aplicação da lei por meios militares.
Este modelo simplista é hoje hegemônico e orienta as ações de boa parte dos Estados modernos. Fica claro que o uso ostensivo do aparato policial não impede o uso das substâncias proscritas, mas incentiva um lucrativo mercado clandestino, sustentado por corrupção em todas as escalas do poder. Além da ineficácia a violência gera uma série de efeitos colaterais, como encarceramento em massa e sistemática violação de direitos humanos.
Visando tornar claras as consequências dessas escolhas políticas como a crise carcerária, a corrupção policial e criminalização seletiva de parcelas da sociedade, a Caminhada AntiProibicionista e o Grupo de Ativismo Epistemológico convidam a todos para uma roda de conversa na véspera (05/05) das mobilizações que buscam questionar o modelo atual e oferecer um horizonte mais promissor, bem como ao comparecimento à manifestação (06/05) para fortalecer e contribuir com a visibilidade da urgente demanda.
A roda acontecerá na Instituição Arco Íris, tradicional por seu imprescindível trabalho com populações em situação de vulnerabilidade na sexta feira dia 05 de maio as 18:30h.
A caminhada ocorrerá no Largo da Alfândega com apresentações artísticas e discussões no sábado dia 06 de maio a partir das 15h.
Fonte: Evento
