RJ: PMs que tiveram prisão decretada por morte de Amarildo se entregam

ondeTodos os dez policiais militares que tiveram a prisão preventiva decretada pelo 35ª Vara Criminal do Rio de Janeiro nesta sexta-feira, acusados de torturar e matar o ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, já se apresentaram no quartel-general da Polícia Militar, no centro da capital fluminense. A informação foi confirmada pelo advogado Marcos Espínola, que defende Douglas Roberto Vital Machado, Jorge Luiz Gonçalves Coelho, Marlon Campos Reis, Victor Vinicius Pereira da Silva.

Além dos quatro soldados defendidos por Espínola, foram presos Anderson César Soares Maia, Edson dos Santos, Fábio Brasil da Rocha, Luiz Felipe de Medeiros, Jairo da Conceição Ribas e Wellington Tavares da Silva. Todos vão responder judicialmente pelos crimes de tortura seguida de morte e ocultação de cadáver.

“Em conformidade com o art. 282 do Código do Processo Penal, a prisão cautelar se faz necessária (282,I) e é a única medida adequada (282,II) não só em razão da gravidade concreta dos delitos imputados, quanto pelas condutas dos acusados no curso das investigações, o que pode, como já fundamentado, atrapalhar o decorrer da instrução criminal”, diz a decisão da Justiça.

Como levaram Amarildo
A Operação Paz Armada, que mobilizou 300 policiais, entrou na Rocinha nos dias 13 e 14 de julho para prender suspeitos sem passagem pela polícia depois de um arrastão ocorrido nas proximidades da favela. Segundo a polícia, 30 pessoas foram presas, entre elas Amarildo. Segundo uma testemunha contou à reporter Elenilce Bottari, de O Globo, ele foi levado por volta das 20h do dia 14, portando todos os seus documentos: “Ele estava na porta da birosca, já indo para casa, quando os policiais chegaram. O Cara de Macaco (como é conhecido um dos policiais da UPP) meteu a mão no bolso dele.”

“Ele reclamou e mostrou os documentos. O policial fingiu que ia checar pelo rádio, mas quase que imediatamente se virou para ele e disse que o Boi tinha que ir com eles”, disse a testemunha. 

Assim que soube, Bete foi à base da UPP no Parque Ecológico e chegou a ver o marido lá dentro. “Ele me olhou e disse que o policial estava com os documentos dele. Então eles disseram que já, já ele retornaria para casa e que não era para a gente esperar lá. Fomos para casa e esperamos a noite inteira. Depois, meu filho procurou o comandante, que disse que Amarildo já tinha sido liberado, mas que não dava para ver nas imagens das câmeras da UPP porque tinha ocorrido uma pane. Eles acham que pobre também é burro”, contou Bete.

Fonte: Terra

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