O número de famílias portuguesas com acesso à Internet em casa aumentou para os 70% em 2015, a maioria em banda larga, mas o ritmo de crescimento manteve-se inferior à média da União Europeia, segundo dados divulgados pelo INE.
De acordo com o Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação pelas Famílias 2015 publicado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o acesso à internet através de banda larga predomina entre as famílias com crianças (90%) e entre as que residem na região de Lisboa (78%).
Os resultados registados confirmam assim, segundo o INE, a tendência de crescimento do número de famílias com acesso à Internet em casa (mais cinco pontos percentuais face a 2014), bem como do acesso em banda larga, que foi em 2015 de 69% (mais seis pontos percentuais do que em 2014).
“Todavia, tendo em conta os dados de 2014 actualmente disponíveis para a União Europeia, constata-se que em Portugal se continua a registar um ritmo de crescimento mais lento no acesso em banda larga (mais um ponto percentual) do que na União Europeia (mais dois pontos percentuais)”, refere o INE.
Já a participação em redes sociais é mais frequente em Portugal do que na média dos países da União Europeia.
Em 2015, 70% dos utilizadores de Internet em Portugal participavam em redes sociais, ainda assim menos dois pontos percentuais do que em 2014, mas mais 13 pontos percentuais do que em 2011.
Em 2014, a proporção de residentes que utilizou as redes sociais foi superior em 14 pontos percentuais à média da União Europeia.
De acordo ainda com inquérito do INE, sete em cada 10 pessoas com idade entre 16 e 74 anos ligam-se à internet e duas fazem encomendas eletrónicas.
Nos últimos cinco anos, a utilização de comércio eletrónico aumentou 13 pontos percentuais, passando de 10% em 2010 para 23% em 2015.
A utilização de computador e internet é mais frequente por pessoas até aos 44 anos, para os homens e para quem completou o ensino secundário ou superior.
O INE sinaliza ainda que há cada vez mais internautas que utilizam os serviços de computação em nuvem para guardar ficheiros (31% face aos 24% observados em 2014).
Por outro lado, são já dois terços dos utilizadores de internet (66%) que acedem à rede em mobilidade, essencialmente através de telemóvel ou ‘smartphone’.
Mais de metade (54%) das pessoas que utilizaram a internet referiram ter limitado a sua utilização devido a preocupações com a segurança, principalmente ao nível do fornecimento de informação pessoal para redes sociais ou profissionais (35%).
Imagem e Fonte: Esquerda.net