Por Érica Sena.
(Português/Español).
Desde que começaram a falar que a Rio+20 aconteceria aqui no Brasil, fiquei apreensiva e com vontade de participar, já que tive uma vontade enorme de ter participado da Eco-92. Nesses útimos meses combinei com várias amigas de irmos, mas sempre dava errado, já tinha perdido a esperança de participar. Mas, semana anterior ao evento eu e minha amiga Fernanda Beda resolvemos ir e passar um final de semana.
Euforia no caminho e uma vontade de visitar a Cúpula dos Povos, mas chegando ao Rio tive várias interrogações e decepções.
Falta de informação: ao meu ver, a cidade do Rio de Janeiro não criou postos de informações sobre a programação, aviso de transporte público para chegar aos locais que fazem parte da Rio+20, além de placas apontando a direção dos locais do evento.
Em relação ao transporte público, deveria ter linhas específicas que levassem as pessoas de espaço do evento ao outro. Eu senti essa necessidade, não consegui chegar em todos os locais inseridos na programação do evento e paralelo a ele.
Não estive na Barra, nem no Rio Centro, nem em Santo Cristo no Pq dos Atletas por falta de informação e transporte, pois já sabia que era longe do Aterro do Flamengo. Acho que se a organização se preocupasse mais com os visitantes colocaria transporte saindo de um lugar para outro, garantindo que todos visitassem os demais locais, e não se concentrassem na Cúpula dos Povos.
O problema maior que encontrei no Aterro do Flamengo, e me frustrou muito, foi a insustentabilidade da Cúpula dos Povos, como também a falta de informação sobre a programação local.
Um espaço muito grande e fragmentado, sem conexão. As tendas onde aconteciam debates geralmente estavam vazias, enquanto isso, muitas pessoas circulavam ao longo do aterro de um lado para outro.Eu me senti meio perdida naquele lugar, muita informação, mas desconexa e pouco atrativa.Faltou um elo em comum. Difícil explicar o que senti! Relato outros pontos a seguir:
Coleta seletiva: quase não havia cestos de lixos para materiais recicláveis. As pessoas jogavam o lixo e os recicláveis no mesmo container laranja. Só no sábado o Movimento Nacional dos Catadores de Materiais reciclaveis – MNCR- colocaram big bags ao longo do Aterro e sensibilizavam as pessoas a separarem os materiais.
Á agua distribuída durante o evento gratuitamente era em copos plásticos… nada sustentável para um evento desses! Pq não colocaram bebedouros, onde cada um com suas canecas e garrafas se servissem? Ambientalistas que se prezam tem em mãos uma caneca ou garrafa para água, não é mesmo? Por que gerar mais resíduo???
Alimentação: cara, com poucas escolhas e muita fila. Os vendedores ambulantes de sorvete, refrigerante, salgadinhos cerveja e biscoitos Globo se deram bem.
Senti falta de conexão. Não achei nenhum local dentro da Cúpula onde te mantivesse informado sobre os acontecimentos no Rio Centro. Parecia que não fazia parte uma coisa da outra.
Outra coisa que me chamou muita atenção na Cúpula dos Povos foi o fato dele ter virado um grande shopping de produtos ambientalmente corretos (??) para os que puderam participar das tendas de Economia social. E também uma grande feira livre ao que não tiveram esse mesmo espaço. Você tropeçava em várias peças artesanais, alimentos típicos, camisetas de ong e instituições. O consumismo estava presente!!!
Em relação a energia, usaram a não renovável: vários geradores de energia estavam presentes, e algumas macro tendas tinham ar condicionado. Quanta insustentabilidade!!!!
Posso estar sendo muito radical, mas esperava uma galera atuante e unida em prol da luta ambiental, assim como vi na discussão do sábado contra a mudança do Código Florestal encabeçada pela SOSMA e com ilustres participantes, e uma galera unida nessa causa.
Fora isso, nos dois dias que passei lá não vi muito desse espírito de luta e comprometimento pelas presente e futuro do planeta. Talvez nesta semana agora, esses manifestações aconteçam com mais força, pena que não poderei estar participando delas.
Mas posso também citar várias coisas legais: a programação paralela da Rio+20 por toda a cidade com exposições, debates, palestras, filmes, para quem ficará por várias dias no RJ vale a pena.
As exposições no MAM : EU SOU NÓS e sobre o Cerrado. Vale a pena ver!
Na Cinelândia, acontece uma exposição de fotos maravilhosa “A Terra vista do Céu” do fotógrafo e ambientalista francês Yann Arthus-Bertrand, que chega pela primeira vez ao Brasil. Fora o lugar, em frente ao Teatro Municipal. Imperdível!
Outra exposição imperdível é a que acontece no Forte de Copacabana- Humanidade 2012. Uma das exposições mais incríveis que visitei!!! Mas essa farei uma matéria a parte!
Mesmo com todas as frustrações, foi muito legal ter participado. Estar naquela cidade maravilhosa, ver pessoas de mundos diferentes cantando e dançando em paz é um acontecimento de harmonia e beleza. Encontrar amigos virtuais no meio da muvuca foi bem legal.
Espero que além de um momento de lazer para todos que tiveram a chance de estar lá, esses dias venham reafirmar nosso papel nessa luta em prol da sustentabilidade, pois esperar a vontade dos nossos governantes, será complicado.
Fotos: Érica Sena
Mais fotos: https://www.facebook.com/media/set/?set=a.445747662117129.104525.100000456985157&type=3
Rio+20 ¿ECO sin “eco”?
Por Érica Sena.
Desde que comenzaron a hablar de que la Rio+20 sería en Brasil, quedé con muchos deseos de participar, ya que había tenido enorme voluntad de hacerlo en la Eco-92. En estos últimos meses acordé con varias amigas para ir, pero siempre aparecía un ‘pero’ y así ya perdía las esperanzas por participar. Sin embargo, una semana antes del evento, mi amiga Fernanda Bedo y yo resolvimos pasar allí un fin de semana e ir.
Estábamos eufóricas en el camino y unas ganas de visitar la Cúpula dos Povos, mas llegando a Rio tuve grandes interrogantes y decepciones.
Falta de información: a mi ver, la ciudad de Rio de Janeiro no creó puestos de información sobre la Programación, información sobre los Servicios Públicos para llegar a los sitios donde se desarrolla parte de la Rio+20. aparte de carteles indicando la dirección de los lugares del encuentro.
En relación al Transporte público, debería haber líneas especiales que transportaran a las personas de un lugar del evento a otro. Yo me vi ante esa necesidad y por tanto no conseguí llegar a todos los lugares incluidos en la programación del evento ni a los anexos a él.
No estuve en la Barra ni el Rio Centro, ni en el Santo Cristo en el Parque dos Atletas, por falta de información y transporte porque ya sabía que quedaba lejos del Aterro do Flamengo. Creo que si la organización se preocupara más por los visitantes, implementaría transportes saliendo de un lugar a otro, garantizando a todos la visita a los demás lugares y no solo concenrtrándolos en la Cúpula dos Povos.
El mayor problema que encontré en el Aterro do Flamengo y que me frustró mucho fue la falta de sustentabilidad de la Cúpula dos Povos, como así también la falta de información sobre la programación local.
Un espacio muy fragmentado y sin conexión. Las carpas donde se realizaban los debates, generalmente estaban vacías mientras que las personas se desplazaban de un lugar a otro en el camino central del predio . Yo me sentí medio perdida en aquel lugar, mucha información, pero dispersa y poco atractiva. Faltó una conección en el todo. Difícil explicar lo que sentí.
Relato otros puntos a seguir:
Colecta selectiva: Casi no había cestos de basura para materiales reciclables. Las personas arrojaban la basura y el material reciclable en los mismos contenedores anaranjados. Solo el día sábado, el Movimiento Nacional Catador de Materiales Reciclables -MNCR- colocaron ‘big-bag‘ a lo largo del camino central y estimulaban a las personas a que separaran los materiales.
El agua distribuida durante el evento se daba en vasos plásticos: nada lógico para un evento de estos. ¿Por qué no instalaron bebederos en los cuales cada uno con su jarritos o su botella se podría servir? Ambientalistas que se precian tienen en sus manos un jarrito o una botella , ¿verdad? ¿Por qué generar más residuos?
Comida: cara com pocas opciones y largas filas. Los vendedores ambulantes de helados, gaseosas (sodas), bocaditos, cerveza y galletas dieron buen servicio.
Sentí falta de conexión. No encontré ningún lugar dentro de la Cúpula donde pudieran mantenerme informada de los acontecimientos en Rio Centro. Parecía que una parta nada tenía que ver con la otra.
Otra cosa que me llamó mucho la atención en la Cúpula fue el hecho de haber transformado en um gran shopping de productos ambientalmente correctos (??) para quienes pudieran participar de las carpas de Economía Social. Y también una gran feria libre a quien no tuviera ese libre espacio. Uno se tropezaba con varias piezas artesanales, alimentos típicos , remeras de ONG y de otras instituciones. ¡El consumismo estaba presente!
En relación a la energía, usaron la no renovable: varios generadores de energía estaban presentes , y algunas macro carpas tenían aire acondicionado. ¡Quánta sustentabilidad!
Puedo estar siendo muy radical, pero esperaba una “barra” actuante y unida en pro de la lucha ambiental así como vi en la discusión del sábado contra el cambio del Código Ambiental encabezada por la SOSMA, con ilustres participantes y una “barra” unida en esa causa.
Fuera de eso, en los dos días que pasé allá no vi mucho de ese espíritu de lucha y compromiso por el presente y por el futuro del planeta. Tal vez en esta semana, esas manifestaciones se produzcan con más fuerza. Pena que no podré estar participando de ellas.
De todos modos, puedo citar varios aspectos meritorios: la programación paralela de la Rio+20 por toda la ciudad con exposiciones, debates, palestras, películas, para quien permanezca por varios días en Rio, vale la pena.
Las exposiciones en el MAM : “Yo soy nosotros” y sobre el Cerrado. Vale la pena verla!
En Cinelândia, hay una exposición de fotos maravilhosas A Terra vista do Céu : http://terravistadoceu.com/sobre-a-exposicao/ del fotógrado y ambientalista fracés YannArthus-Bertrand, que llega por primera vez a Brasil. El lugar, afuera, en frente al Teatro Municipal. Imperdible.
Otra exposición imperdible es la que hay en el Forte de Copacabana – Humanidade 2012. ¡Una de las exposiciones más increíbles que visité! ¡Pero de ella haré un texto aparte!
Aún con estas frustraciones, fue muy bueno haber participado. Estar en aquella “cidade maravilhosa“, ver personas de mundos diferentes, cantando y bailando en paz, es un acontecimiento de armonía y belleza. Encontrar amigos virtuales en medio de la desorganización fue muy bueno.
Espero que, aparte de un momento de ocio para todos los que hayan tenido la oportunidad de estar allá, esos días vengan a reafirmar nuestro papel en esta lucha em pro de la sustentabilidad, pues esperar la decisión de nuestros gobernantes, será complicado.
Traducción: María del Carmen Taboro.
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Bom texto. Vou traduzí-lo para logo fazer chegar para -s amig-s m-s