O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse neste domingo (24) que a falsa informação de que ele teria mestrado em Direito Público pela Universidade de Yale foi veiculada por um “equívoco” de sua assessoria.
O título apareceu pela primeira vez em 2012, no artigo “Privatização, ainda que tardia” de Salles para a Folha de S.Paulo. Depois, foi incorporado ao seu currículo e era citado nas emissoras de TV onde ele dava entrevista.
No entanto, ao entrar em contato com a universidade norte-americana – uma das mais bem conceituadas do mundo, onde estudaram cinco presidentes norte-americanos e 12 vencedores do Prêmio Nobel – o site The Intercept descobriu que Salles nunca esteve entre os alunos.
“A informação de 2012 foi veiculada erroneamente, por um equívoco da assessoria. De qualquer modo, desde então, vem sendo sempre corrigida, exatamente como bem relatou o Roda Viva em sua nota”, escreveu Salles no Twitter, em resposta a uma internauta que o questionou.
Salles foi entrevistado no programa Roda Viva, da TV Cultura, no último dia 11 de fevereiro e o título de mestre em Direito Público por Yale chegou a ser divulgado pela emissora. A produção do programa se manifestou sobre o assunto por meio de nota.
“O programa Roda Viva, da TV Cultura, informa que o Sr. Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, não fez veicular dados incorretos, tendo alertado previamente a produção acerca da imprecisão das informações que foram erroneamente divulgadas pelo programa. Pedimos desculpas ao Sr. Ministro pelo inconveniente causado”, diz o comunicado.
O ministro do Meio Ambiente divulgou a nota em seu perfil e aproveitou para atacar o The Intercept por ter tornado pública a incorreção em seu currículo. “A diferença do bom jornalismo da TV Cultura para o jornalixo que certos sites e blogs sensacionalistas praticam com sua militância esquerdista disfarçada de fake news”, escreveu.
Ministro, em 2012 houve uma reportagem sua no Jornal Folha de São Paulo. Na sua biografia, consta um mestrado em Yale. Esta bio é a fonte de toda a confusão. Quem forneceu a informação a Folha?
— Ana Paula Pinho (@AnaSilveira_28) February 23, 2019