O risco cruel que nos divide
Será que o sinal sempre permanecerá fechado para nós que somos jovens? Com a ânsia de desfrutar a verdadeira liberdade, sonhamos em viajar. Admirar esse mundão de Deus custa caro. Incompreensível e revoltante, tendo a ciência de que tudo nos pertence, os caminhos, as trilhas.
Somos nós e de nós não parte a vontade de traçar um risco cruel que nos divide. Um risco tolo que dele, se extrai as bandeiras patriotas. E a mãe, fica lá. Na poltrona em silêncio. Sem o sol conseguir mais alcançar a cabeça, as ideias se apagam. A visão de destruir as barras de ferro já não lhe pertence. E os jovens, do outro lado da sala.
Onde o sol ainda alcança. Mas limitados pelo concreto não podem sair. Os raios solares ainda permanecem por algum tempo, alumiando as ideias libertárias. Mas não por muito tempo permanecerão. Já que o sol é abafado pelo concreto e não se pode sair pelos caminhos da terra.
Caminhos da terra, 2018.