Retoma-se
Retoma-se, outra vez, o julgar do desprezível marco temporal, tese desumana e de uma ganância descomunal.
Gerou insegurança, causou dores, invasões, lamentos e, de Sul a Norte, constituíram-se ambientes de mortes com ataques violentos.
Ele está na pauta dos togados, daqueles que dizem saber o que é justo, certo ou errado, a ser definitivamente rejeitado ou avalizado.
Vão decidir entre o originário direito e o marco do genocídio escancarado, que pelos séculos vem sendo estimulado e acobertado.
Que as forças das memórias passadas e das resistências persistentes prevaleçam, garantindo-se preservação da terra e de todas as suas gentes.
Não ao crime disfarçado, a deterioração do direito consagrado, não ao engodo, ao extermínio que se perpetua dissimulado.
Não ao marco temporal, à brutal colonização, sim, e para sempre, às garantias de demarcação como direito e não compensação.
Mobilizar, clamar, bradar é preciso, garantido-se, agora, o amanhã sem nenhum prejuízo, fortalecendo os povos com seus territórios demarcados e garantidos.
Encantos todos, de todas as dimensões, soprem sabedoria, irradiem luzes à JUSTIÇA pelos restos de todos os nossos dias.
Porto Alegre, RS, 27 de agosto de 2023.
Roberto Liebgott