Denúncia de ex-motorista diz que Neruda foi assassinado com uma injeção letal pelo regime militar chileno. Sua morte ocorreu às vésperas de uma viagem que o levaria em exílio ao México.
(1’23” / 326 Kb) – A incerteza sobre as causas da morte do poeta chileno Pablo Neruda fez com que a Justiça acatasse pedido de exumação de seus restos mortais para investigação. Neruda morreu em 1973, doze dias após o golpe militar que levou à presidência o general Augusto Pinochet. O poeta era apoiador do governo socialista do então presidente Salvador Allende, que foi deposto pelo golpe.
As informações sobre a investigação das causas da morte de Neruda foram dadas nesta semana pelo advogado do Partido Comunista Chileno, Eduardo Contreras. O juiz responsável pelo caso, Mario Carroza, deve anunciar a data da exumação no próximo dia 8.
O caso é investigado desde 2011, a partir de uma queixa do Partido Comunista, do qual Neruda fazia parte. A dúvida sobre as causas da morte ganhou força com uma denúncia de seu ex- motorista, Manuel Araya. Ele afirma que o poeta foi assassinado com uma injeção letal por ordem de integrantes da ditadura militar.
A versão oficial era a de que Neruda morreu devido a um câncer de próstata, em uma clínica privada de Santiago, capital do Chile. Sua morte ocorreu às vésperas de uma viagem que o levaria em exílio ao México.
Pablo Neruda venceu o Prêmio Nobel de Literatura de 1971 e é autor de obras como “Vinte poemas de amor e uma canção desesperada”.
De São Paulo, da Radioagência NP, Vivian Fernandes.
