Opera Mundi/Efe
Em meio a enfrentamentos, egípcios vão às urnas nesta terça e quarta-feira para aprovar nova Constituição
Após protestos de egípcios simpatizantes da Irmandade Muçulmana, partido do presidente deposto Mohamed Mursi, contra o referendo constitucional, ao menos cinco manifestantes morreram nesta terça-feira (14/01), durante confronto com a polícia, que dispersava as manifestações com violência.
As informações são de um porta-voz da Irmandade Muçulmana, segundo a agência Efe. No entanto, as autoridades não confirmaram ainda o número exato de vítimas.
Durante as mobilizações, que também foram registradas em distritos do Cairo, a polícia utilizou gás lacrimogêneo e balas de chumbo para dispersar os protestos da Irmandade, que convocou um boicote ao referendo e busca frear o processo de votação.
O referendo destina-se a uma nova Constituição que substitui a aprovada pelos Egito em 2012, sob a presidência de Mursi. Esta, por sua vez, foi suspensa pelos militares em julho do ano passado após a destituição do presidente eleito.
Além dos protestos, antes da abertura das zonas eleitorais, uma bomba explodiu próxima de um tribunal em Imbaba, cidade ao norte do Cairo, mas não deixou feridos nem danos. Paralelamente, na Península do Sinai, as Forças Armadas lançaram ontem uma campanha contra supostos refúgios de terroristas. Na operação, sete extremistas morreram.