Aids, ainda uma pandemia
A chefe do programa conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), Winnie Byanyima, emitiu um aviso em sua mensagem virtual de que a aids continua sendo uma pandemia. “A luz vermelha está piscando e apenas movendo-se rapidamente para acabar com as desigualdades que impulsionam a pandemia podemos superá-la”, pontuou.
Byanyima observou que, em meio à crise do covid-19, o progresso no combate à disseminação do HIV está sob tensão ainda maior, com interrupção de serviços de prevenção e tratamento, educação, programas de prevenção à violência, entre outros. “Em nossa trajetória atual, não estamos dobrando a curva rápido o suficiente e arriscamos ter uma pandemia de Aids que dure décadas”, advertiu.
Ao abordar as desigualdades que retêm o progresso no combate à doença, ela afirmou que “podemos cumprir a promessa de acabar com a aids até 2030”. “Está em nossas mãos”, disse ela.
A diretora e representante do Unaids no Brasil, Claudia Velasquez, apontou em artigo publicado hoje as ameaças às conquistas obtidas nos últimos anos na luta contra a doença. “Com a covid-19, os ganhos que conquistamos para acabar com a AIDS correm o risco de serem perdidos. Não por falta de conhecimento ou de ferramentas para acabar com a AIDS, mas por causa das desigualdades estruturais, que são potencializadas pelo estigma e discriminação e limitam o acesso a soluções comprovadas para a prevenção e tratamento do HIV”, escreveu.