Por Mário Augusto Jakobskind.
Quer dizer que a TV Globo, useira e vezeira em manipular a informação com o objetivo de enganar os incautos, está conclamando os seus telespectadores no sentido de mandarem um vídeo de alguns segundos para comentar sobre o que desejam para o Brasil. A campanha para o envio de mensagem parece que os seus idealizadores estão lidando com debilóides ignorantes no manejo de celulares.
Mas isso é apenas uma parte do que vem por aí. Não é necessário nenhuma bola de cristal para adiantar o que ocorrerá em matéria de manipulação, até porque, como é costume do esquema Globo, não serão apresentadas mensagens que eventualmente entram em choque com o pensamento retrógrado da família Marinho. Os leitores por acaso imaginam o que fariam os editores se recebessem uma mensagem dizendo que “o Brasil seria muito melhor e mais saudável se não tivesse a Rede Globo para enganar os brasileiros incautos?”
Somente as mensagens de interesse do esquema Globo serão divulgadas. E, portanto, podem imaginar o que vem por aí e com o objetivo de na prática ajudar o candidato que mais estiver sintonizado com o esquema Globo. Podem ser Geraldo Alckmin, Henrique Meirelles e, dependendo de um milagre de aparecer melhor nas pesquisas, o patético Rodrigo Maia.
Quem tiver dúvidas sobre o que está sendo previsto aqui, basta acompanhar, se tiver estômago, o noticiário do Jornal Nacional a partir do momento da divulgação das mensagens. Mas a TV Globo pensa que engana os brasileiros e as brasileiras minimamente conscientes em relação à manipulação da informação.
Para combater realmente a manipulação, só resta mesmo que o candidato à Presidência do país se comprometa a regular a mídia, exatamente para evitar o que vem acontecendo há tempos por aqui. Essa perspectiva provoca pânico na família Marinho, que tem feito o possível para na base da mentira divulgar que quem defende essa perspectiva estimula a censura, quando ocorre exatamente o contrário, ou seja, regulamentar a mídia, algo comum em vários países ocidentais, significa democratizar a informação.
Tudo isso é por demais óbvio, sobretudo em um momento em a opinião pública está sendo convocada para escolher democraticamente quem vai suceder o lesa pátria Michel Temer, galgado de forma golpista à Presidência da República, inclusive executando um projeto repudiado pelo menos quatro vezes nas urnas.
Não se pode garantir desde já a manutenção da regras do jogo. Se os golpistas de 2016 sentirem que correm perigo vão tentar de tudo para evitar o veredicto das urnas. Não se trata de um exercício de futurologia, mas apenas a constatação do óbvio, ou seja, o temor do julgamento pelo povo do projeto que vai executando Temer e sua patota vinculada ao mercado financeiro.
A Globo, por sinal, é uma das mídias que mais apoia esse projeto e está fazendo o possível e o impossível para a sua manutenção, custe o que custar, inclusive convocar incautos para enviarem suas mensagens, como a campanha já iniciada no Jornal Nacional.