Por Thaís Naldoni e Luiz Gustavo Pacete.
Na tarde desta segunda-feira (25/3), a redação do jornal Brasil Econômico – pertencente à Ejesa – decretou “estado de greve”. A decisão foi tomada após a empresa não responder a uma carta do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo (SJSP), pedindo explicações sobre a possibilidade de transferência de sede do jornal para o Rio de Janeiro (RJ) e desligamento de funcionários.
Na última semana, uma assembleia de funcionários deu ao sindicato a interlocução com a empresa e elegeu dois representantes. Na ocasião, foi redigida a carta direcionada à direção, que não respondeu. Hoje, representantes do sindicato foram proibidos de entrar na empresa e a assembleia que decidiu pelo “estado de greve” foi realizada fora do prédio.
Segundo apuração de IMPRENSA, também nesta segunda, a editora de empresas, Jiane Carvalho, foi demitida por telefone. Anteriormente, em um Programa de Demissão Voluntária, saíram Fábio Suzuki, da coluna “Encontro de Contas” – que deixou de existir -; Regiane de Oliveira, de “Empresas”, e Micheli Rueda, editora do portal Brasil Econômico.
IMPRENSA apurou, ainda, que a direção do jornal pediu para que os editores listassem sua equipe com três opções: ir para o Rio de Janeiro, ser demitido ou ficar em São Paulo. Os funcionários eram chamados a se posicionar.
Composta por cerca de 50 pessoas, entre arte, foto e jornalistas, toda a redação aderiu ao estado de greve.
André Freire, diretor-secretário do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo, falou com IMPRENSA assim que retornou da assembleia convocada na tarde desta segunda (25/3). Segundo ele, a decisão do estado de greve foi quase unânime, apenas quatro pessoas votaram contra.
“O próximo passo agora é entrarmos na justiça para solicitar o dissídio de greve, já que eles [o Brasil Econômico] não nos deram retorno sobre as exigências que fizemos na semana passada”, explica Freire.
Para o sindicato, as demissões serão inevitáveis, mas o esforço é para que os direitos sejam garantidos. “Pedimos a negociação de prazo para transferência de 30 dias, para aqueles que vão para o Rio, e outras garantias para que os profissionais não fiquem sem respaldo”, destaca.
IMPRENSA tenta contato com a diretoria da empresa e, até o momento, não obteve retorno.
Fonte: Portal Imprensa.