A Record terá que pagar R$ 30 mil de indenização por danos morais para um casal que acabou envolvido por engano nas investigações do assassinato do ator Rafael Miguel (1996-2019) e dos pais dele, em junho de 2019. Na ocasião, telejornais da emissora mostraram a placa de um veículo que pertencia a Carlos do Espírito Santo e Elaine Cristina da Silva como se fosse o carro utilizado na fuga de Paulo Cupertino Matias, homem que é apontado como o responsável pelo crime.
A decisão em primeira instância saiu no início deste mês, em sentença assinada pela juíza Laura de Mattos Almeida, da 29ª Vara Cível de São Paulo. O Notícias da TV teve acesso ao documento. Segundo a magistrada, ao não borrar as informações da placa do automóvel, a Record cometeu “abuso no direito de informar”.
O processo não foi aberto contra um telejornal específico, mas diretamente contra a emissora, já que o caso teve repercussão em diversos noticiosos. O casal alegou que a placa e as características do veículo deles foram exibidos em diferentes ocasiões entre os dias 10 e 18 de junho na rede de Edir Macedo.
Na primeira vez, não havia a informação de que Paulo Cupertino Matias havia clonado um veículo para fugir. Com isso, de acordo com o que a defesa de Carlos do Espírito Santo e Elaine Cristina da Silva alegou na petição, eles passaram a ser vistos na vizinhança como possíveis cúmplices do investigado pelo crime.
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