Racismo: seguranças obrigam homem negro a tirar a roupa em revista em supermercado; veja vídeo

A cena se deu na frente de todos os clientes que estavam na loja; a rede atacadista emitiu nota e afirmou que os responsáveis pelo constrangimento foram afastados

Imagem: Tumisu por Pixabay

Por Marcelo Hailer.

Um homem negro de 56 anos foi humilhado em um mercado na região de central de Limeira (SP). Acusado pelos seguranças do estabelecimento de ter furtado, ele foi obrigado a tirar a sua roupa para provar o contrário.

De acordo com o Boletim de Ocorrência, ele foi abordado por dois seguranças quando saía do Assaí Atacadista. O homem teve que tirar parte de sua roupa na frente de outros clientes que estavam no local para provar que não tinha roubado.

Segundo a vítima, ela entrou no mercado para verificar o preço de alguns produtos e iria retornar mais tarde.

“Eu tirei a camisa e como não tinha nada, os seguranças ficaram se olhando, como se eu tivesse algo na calça, aí eu acabei abaixando a calça”, relatou o homem ao site Rápido no Ar.

Humilhado, o homem foi amparado por outras pessoas que presenciaram a cena. Segundo relatos, a vítima chorava de vergonha. Após o ocorrido, ele registrou um Boletim de Ocorrência pelo crime de Constrangimento ilegal.

Abaixo confira o momento em que o homem foi obrigado a tirar a sua roupa. O vídeo é do site Rápido no Ar.

Assaí afirma que afastou seguranças

Por meio de uma nota, a rede Assaí Atacadista afirmou que abriu um procedimento interno de apuração e que manterá contato com o cliente.

“Assim que a companhia recebeu a informação do ocorrido na unidade de Limeira, abriu imediatamente um processo interno de apuração e manterá contato com o cliente para ouvi-lo sobre o ocorrido. Enquanto este processo é feito, os envolvidos na abordagem foram afastados dos seus postos de trabalho. A companhia reforça que não adota nem orienta qualquer forma de abordagem constrangedora a clientes e que tomará todas as providências necessárias tão logo a investigação for encerrada. A Cia fica à disposição das autoridades para esclarecimentos.”

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