Redação
No dia 29 de abril, o Quilombo Vidal Martins, de Florianópolis, foi mais uma vez ao Instituo Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) na tentativa de diálogo com a instituição para que a decisão da justiça seja cumprida. A comissão representando o quilombo tinha como objetivo tratar sobre a titulação das terras quilombolas no Rio Vermelho.
Entretanto, como vem sendo a postura de diversos órgãos públicos e instituições com o Quilombo, os portões foram fechados e as e os quilombolas presentes foram impedidos de entrar.
Segundo Lino Peres, arquiteto e aliado na luta pelo direito à cidade e ao território em Florianópolis, que esteve acompanhando a comissão no INCRA, “uma audiência com os quilombolas deveria ter ocorrido até fevereiro. O INCRA deixou passar nove meses para emitir notificações de contestações a outros envolvidos, fato que atrasou ainda mais o andamento do processo. Em março passado e sob pressão da comunidade e dos grupos de apoio, o INCRA acabou cedendo e, através de uma comissão, se conseguiu acertar a tramitação final.”
Helena Vidal de Oliveira, liderança quilombola, denúncia o que essa ação representa: racismo institucional.
Porque não informou que na tentativa de diálogo anterior a esta, uma colaboradora terceirizada da vigilância do prédio do INCRA foi agredida por um integrante da comissão dos Quilombolas?
Este foi um dos motivos de ter sido impedida a entrada nesta nova tentativa de diálogo.