Cristina Kirchner, presidente da Argentina por dois mandatos (em 2007 e em 2013) e atual vice-presidente do país foi vítima de um ataque a tiro na última quinta-feira (1º), em frente à sua casa em Buenos Aires. O atirador apontou uma pistola carregada com cinco balas para o rosto de Kirchner, mas a arma não disparou.
Fernando Sabag Montiel apertou o gatilho, mas muitos o ajudaram. Quem foram esses muitos? Anahí Rubin, psicóloga, jornalista e analista internacional entrevistada nesta segunda-feira no JTT – A Manhã com Dignidade responde essa questão. Foram as corporações argentinas; os meios de comunicação que cotidianamente incitam o ódio; e os políticos de direita e ultra direita.
“Cristina Kirchner é a pessoa mais amada pelo povo e a mais odiada pelo ‘establishment'”, diz Anahí, se tivesse sido assassinada teria uma guerra civil na Argentina, segundo Anahí, porque o povo já não está mais suportando tantas agressões. O ataque à Cristina é expressão da luta de classes, a classe dominante dos países latino americanos não quer perder seus privilégios e ataca desde o governo de esquerda de Gustavo Petro e Francia Marquez até governos de centro progressistas.
Fazia tempo que não se via uma interferência tão ativa do embaixador norte-americano na Argentina, segundo Anahí. Essa interferência está ocorrendo em todos os processos de mudança na América Latina.
Após a tentativa de assassinato à Cristina, a população argentina foi massivamente para as ruas em solidariedade à vice-presidente e em defesa da democracia. Anahí diz que finalmente o povo vai dar a palavra na Argentina, pois “quando se chega em situações de limite o povo reage”.
Assista à entrevista completa no link abaixo: