Quando o cinema encontra a dança

Projeto fomentado por recursos públicos em Chapecó estimulou a produção de videodança

Por Mirella Schuch.

Um grupo de chapecoenses respirou cinema e dança nos últimos dois meses. Isso porque as produtoras audiovisuais Bruna Meoti e Fabiane Bardemaker ministraram 21 horas de oficina de Linguagem Cinematográfica para Videodança, distribuída em aulas teóricas e práticas durante os meses de março e abril. As aulas aconteceram na Biblioteca Pública Municipal Neiva Maria Andreatta Costella. A atividade faz parte do projeto contemplado no Edital de Fomento e Circulação das Linguagens Artísticas de Chapecó nº 007/2024.
Os participantes puderam apreciar a videodança produzida na oficina em uma sessão de cinema no CEU das Artes, na qual também foram exibidos Les Petits Rats (2021), Para que eu Não Esqueça (2023), e produções de Paola Zonta, de 2020 e 2021.

Para a oficina, os alunos não precisavam ter experiência prévia sobre cinema e dança, e foram explorados os conceitos de direção cinematográfica, direção de fotografia, coreografia para a câmera e montagem, elementos que compõem a linguagem da videodança. Pamela Schirmann, de 32 anos, é estudante de Jornalismo e curiosa pelo mundo cenográfico e da comunicação. Ela participou da oficina e conta que descobriu na filmagem uma nova paixão. “Todos os conceitos foram novidade para mim. A Bruna e a Fabi compartilharam com muito amor todo o conhecimento necessário para que a produção da nossa videodança fosse possível e finalizamos a oficina com sede de aprender mais sobre. Todos os participantes deram ideias para que o filme fosse realizado e vou levar com muito carinho essa experiência”, expressa.

Na busca por envolver-se mais em atividades do meio artístico e cultural, a estudante de Publicidade e Propaganda Taine Luiza Defaveri Ferreira, de 23 anos, que também participou da oficina, diz ter se experienciado nas atividades e absorvido muito conhecimento. “A condução da Fabi e da Bruna foi incrível, elas trouxeram os temas de forma entendível para nós que não tínhamos tanto conhecimento, e ao mesmo tempo de forma profunda”, afirma Taine.
Para uma das ministrantes da oficina, Bruna Meoti, a experiência foi divertida. Ela lembra da felicidade que foi ver a animação dos alunos quando chegaram na parte prática da oficina, e conta que a turma foi muito interessada e participativa. “Eles aprenderam sobre a importância das coisas que aparecem no filme, como essas coisas aparecem, e como usar diferentes ferramentas que o cinema proporciona para criar significado, instigar o espectador, fazer com que aquilo que eles querem contar seja interessante para o público, tanto enquanto história/narrativa, quanto visualmente”, salienta.

Fabiane complementa que os conhecimentos foram compartilhados de forma horizontal, pois todos propuseram ideias. “A oficina foi muito bacana, acredito que quem participou pode aprender bastante. Ela teve essa especificidade de ser voltada para videodança, mas reuniu pessoas de diferentes áreas. Isso faz com que novas possibilidades de arte sejam construídas. A troca de referências e experiências foi muito legal também”, finaliza.


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