Reconstruindo-me
Hoje decidi me olhar fixo no espelho,
Na esperança de reencontrar-me
Quem sabe cair em si, novamente
Possa me amar e me gostar mais
***
E, o espelho nos diz tantas coisas
Tanta insensatez, nas quais fugimos
Impressionante, como me esqueci
Perdi o brilho e meu amor próprio.
***
Mas, segui sempre, não me torturei
E, simplesmente voltei a me amar
Cá estou, tentando esquecer passado.
***
Hoje sei, vou conseguir, reerguer-me
Pois sei, a vida me deu vários golpes
Apenas engoli, e todo caos esqueci……!
Pesadelo
Olho para os lados, nada vejo
Minha mente oscila e flutua
Pareço estar presa num labirinto
Fico Intacta não encontro fim.
***
Olho ao meu redor, vejo caos
Somente o caos, como suplício
No espelho minha pele pálida
E, apenas o medo faz sentido….
***
Deito -me, preciso descansar
Pode ser um simples pesadelo
Durmo esperançosa ao acordar.
***
Ah…era apenas um pesadelo
O sol está radiante o dia ameno
Respiro, penso: -Existe esperança…!
Não posso desvendar!
Não quero te fazer mais
poemas d’amor…
Chorei noites caladas por ti.
***
E, tudo que acrescentei,
foi este peso que carrego
Dentro da Alma
***
Não quero mais iludir-me…
Hoje tenho um sentimento de
revolta! Sinto o dia escuro…
***
Mas, eu repenso, e a saudade volta,
será que eu provoco!?
Que amor é esse!?
Vem de dentro da minh’alma…
***
Então, volto à pensar em ti!
Eterno, serás! És o amor intenso
que acalma e acolhe-me,
Transborda-me
***
Quem sou eu p’ra desvendar,
tudo que vem d’alma…
*Como desvendar o que vem da alma…!?
Não nego
Juro amor! Não nego, me apaixonei!
Cada minuto tortuoso, calada, chorei,
de amor extravasei, oscilei, tanta dor.
Súplicas ao vento! Intacta fiquei, amor.
***
Nobre, guardo comigo sua ternura!
Lágrimas cessaram, pesadas derramei,
tua essência pura, impregna, guardei,
vou ser feliz, entregar-me com nitidez.
***
Sigo em frente com audácia, vida curta,
quero curar minh’alma, eu mesma a feri,
transbordar vivência, concreta, merecida.
***
Sigo lúcida, aflorando sonhos e amor,
levarei tua incógnita e instigante doçura,
Despeço-me, n’alma levo teu calor…!
Fabiane Braga Lima é poeta de Rio Claro – São Paulo.