O Partido dos Trabalhadores repudia toda forma de discriminação e preconceito contra qualquer ser humano.
Desde o início da “Ocupação Amarildo”, nas margens da SC-401, bairro Ratones, em Florianópolis, o blog do colunista Moacir Pereira, do grupo RBS, reiteradamente recorre à tese de “invasão criminosa” para denominar a organização.
A “Ocupação Amarildo”, resultado do déficit habitacional de Florianópolis e da falta de política pública mais contundente para esse setor, transformou-se em briga judicial, com diferentes teses sobe a posse da área.
A partir de então, ataques a pessoas e entidades que defendem a luta contra o déficit habitacional e o descaso das autoridades frente ao assunto são feitos repetidamente no blog pelo colunista. Para defender um ponto de vista, a missão de informar foi deixada de lado. Se não bastasse a falta de isenção jornalística, o que estamos observando é a proliferação de notas que atentam contra a seriedade da profissão ao atacar a moral de determinadas pessoas.
No dia 17 de fevereiro, em seu blog, o colunista utilizou termos discriminatórios. Sob o título “Índio fajuto defende tese”, a nota atacou Cristiano Mariotto, reconhecido como Guarani pelos seus parentes face este ser filho de Guarani nos termos assegurado conforme a Lei .5.051/04, ratificado pela Convenção 169 da OIT no Brasil. O Sr. Mariotto, formado em Serviço Social e mestrando na UFSC, chamou a atenção do colunista fazendo-o citar o fato da defesa da dissertação em sua nota. O colunista mostrou despreparo e desconhecimento ao “ironicamente” desqualificar a ascensão das diferentes etnias nas diversas áreas intelectuais e econômicas em nosso país.
Por fim, esclarecemos que o Sr. Mariotto é um cidadão brasileiro com seus direitos e deveres garantidos por lei, reconhecido pelos caciques do estado de Santa Catarina como secretário da Comissão Nhemongueta de Caciques Guarani, sendo um assessor não remunerado para questões étnicas envolvendo a questão indígena. É filiado e militante do Partido dos Trabalhadores há 16 anos, sem nenhum vínculo empregatício com o mandato parlamentar do vereador Lino Peres, afirmação feita pelo jornalista em resposta a um leitor, em seu blog, na data já citada.
Reiteramos o repúdio à maneira discriminatória e pouco profissional com que as notas do colunista Moacir Pereira vêm sendo elaboradas. Pedimos a volta aos princípios jornalísticos que pressupõem apuração isenta dos fatos.
20 de fevereiro de 2014
Executiva Municipal do Partido dos Trabalhadores de Florianópolis