Por Luciana Cobucci.
Após reunião na tarde desta terça-feira, a bancada do PSC decidiu manter o deputado Pastor Marco Feliciano (SP) na presidência da Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara. Apesar do ultimato dado pelo presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para que o partido encontrasse até a tarde de hoje uma solução “respeitosa” para a questão, dando a entender que o ideal era que Feliciano deixasse a presidência do colegiado.
O vice-presidente nacional do PSC, Everaldo Pereira, anunciou a decisão lendo um comunicado à imprensa, em que pediu “respeito” e disse que a escolha do pastor foi unanimidade da bancada. “O PSC não abre mão da indicação feita”, afirmou. Ele garantiu que Feliciano não é racista nem homofóbico. “Pode ter havido declarações inconvenientes. Todo mundo que usa as palavras pode errar. O PSC não é racista nem homofóbico, nós respeitamos as diferentes opiniões. Por isso, pedimos que haja respeito”, disse.
Pereira prometeu colocar em votação na CDH projetos de interesse da população, e lembrou que qualquer matéria que não encontre respaldo popular será derrubada no voto. Ele deu um aviso aos manifestantes que estão lotando as reuniões da CDH e protestando contra a presidência de Feliciano. “Não é a intenção fazer ameaças, mas se fosse preciso convocar 200, 300, 500 ou mais militantes que também pensam como nós, nós faríamos”, afirmou.
Na última quinta-feira, Alves disse que era “preciso maturidade e responsabilidade” para resolver a questão, e pediu que a legenda se posicionasse até esta terça-feira. A permanência de Feliciano na CDH parece insustentável. Ele não conseguiu presidir nenhuma sessão do colegiado, devido aos protestos que ocorriam contra sua indicação para o cargo. O líder do partido, André Moura (SE), reconheceu que o andamento dos trabalhos da CDH está prejudicado desde a eleição de Feliciano.
Fonte: Terra