Por George Marques.
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (20) um projeto que prevê a responsabilidade do agressor de ressarcir os custos dos serviços de saúde prestados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) às vítimas de violência doméstica e familiar.
Trata-se do Projeto de Lei 2438/19, dos deputados Rafael Motta (PSB-RN) e Mariana Carvalho (PSDB-RO). Com a aprovação, o texto será enviado à sanção presidencial.
O texto promove alterações na Lei Maria da Penha (lei 11.340/2006) para estabelecer a responsabilidade do agressor em ressarcir os custos do Poder Público.
O ressarcimento será revertido ao ente público à qual pertence a unidade de saúde que prestar o serviço. Para proteção da mulher, o texto impede que o agressor utilize o patrimônio da vítima ou dos seus dependentes para efetuar o pagamento e ainda veda a possibilidade de atenuante e substituição da pena aplicada.
Ontem, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou de forma definitiva o meu projeto de lei, assinado em conjunto com a deputada @DeputadaMariana, que determina que os agressores devem ressarcir o SUS pelos atendimentos das vítimas de violência doméstica. pic.twitter.com/ZN2ZCoMi3R
— Rafael Motta (@RafaelMottaRN) August 21, 2019
À Fórum o deputado federal Rafael Motta reforçou a importância educativa por trás da aprovação desse projeto.
“Quem quer que seja, se o cara agredir a mulher e ela gastar 5 mil reais para uma reconstituição facial, ou se ela ter que gastar 200 reais porque quebrou o braço, ele terá que pagar”, explicou.
Destinação
O dinheiro deverá ir para o fundo de saúde do ente federado responsável pelas unidades de saúde que prestarem os serviços.
Outras situações de ressarcimento, como as de uso do abrigo pelas vítimas de violência doméstica e dispositivos de monitoramento das vítimas de violência amparadas por medidas protetivas, também terão seus custos ressarcidos pelo agressor.