Por Magson Gomes.
Se você não tem o costume de não separar o material que é reciclável do restante do lixo e coloca tudo para o caminhão levar para o aterro sanitário, pois agora você vai pensar duas vezes antes de tomar essa atitude. Acaba de ser lançado em Pouso Alegre (MG) o projeto Lixo Zero, onde qualquer pessoa pode trocar papelão, alumínio, vidro e plástico por alimentos e produtos de higiene pessoal.
A proposta foi criada pela Associação Plante Vida, que há cinco anos desenvolve atividades socioambientais na cidade. “O que era lixo vai se tornar um produto para consumo”, ressalta João Mariano, presidente da associação.
Como funciona
O morador de qualquer parte da cidade, instituição ou empresa deve fazer o cadastro no ponto de coleta e levar seu material até lá. Depois de separado e pesado, o material reciclável vira pontos que serão trocados por alimentos como feijão, óleo de cozinha, café, macarrão, trigo entre outros alimentos ou produtos de limpeza.
A pontuação será contada de acordo com o valor de cada material reciclável. O quilo do papelão, por exemplo, vale R$ 0,38 e o quilo do alumínio vale R$ 3,50. “O material que você iria jogar fora, você está transformando ele em dinheiro verde. Que apelidamos aqui no projeto de Ecodin”.
Com a pontuação na mão, a pessoa já passa na lojinha que fica dentro da sede do projeto e leva o produto na hora. “Se quiser deixar a pontuação mensal, chega no final do mês, verifica a pontuação que tem, vai na lojinha e pega os produtos e leva para casa”, diz João Mariano.
O material reciclável que será entregue no ponto de coleta deve estar limpo e seco.
Onde fica o ponto de coleta
O ponto de coleta do Lixo Zero fica na Praça vereador José Custódio, 144, no bairro Santo Antônio, de frente para o posto de combustível, perto da igreja Matriz.
O objetivo é criar outros dez pontos fixos como esse em outros bairros da cidade. Mas, por enquanto, existe apenas esse e a pessoa que deve levar seu material até lá.
“A ideia surgiu porque a demanda por um ponto de coleta na cidade é muito grande. Às vezes, a pessoa até separa o material para a coleta seletiva, mas o caminhão não passa. E aqui a gente tem um ponto fixo”, conta João Mariano, presidente da Plante Vida.
A aposentada Neide Moreira gostou do projeto e já fez o cadastro. “Nossa, eu achei muito maravilhoso. Que pelo menos tira da rua, que fica aquela sujeira. Eu vou trazer pra cá.”
Fonte: TerraDoMandu