Por Plínio Teodoro.
Um documento de 93 páginas intitulado “Projeto de Nação” mobilizou uma parcela de militares – entre eles o vice-presidente, Hamilton Mourão, e o ex-comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas – na última quinta-feira (19) em Brasília.
O “estudo” está sob tutela do general Luiz Eduardo Rocha Paiva, ex-presidente do grupo Terrorismo Nunca Mais (Ternuma), a ONG do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, e tem a chancela do Instituto Sagres, dirigido por ele, e da ONG do ex-comandante do Exército, o Instituto General Villas Bôas (IGVB) – o mesmo que ameaçou o Supremo Tribunal Federal (STF) em 2018 durante julgamento do habeas corpus que daria a liberdade a Lula (PT). Fecha a tríade o chamado Instituto Federalista.
De forma surreal, o “estudo” inicia com um “relatório de conjuntura”, mostrando a “evolução política-estratégica” datado de setembro de 2035, quando impera “o chamado globalismo — movimento internacionalista cujo objetivo é determinar, dirigir e controlar as relações entre as nações e entre os próprios cidadãos, por meio de posições, atitudes, intervenções e imposições de caráter autoritário, porém disfarçados como socialmente corretos e necessários”.
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