Por Fernanda Forgerini.
Os professores Reginaldo Nasser e Bruno Huberman foram denunciados por suposto antissemitismo por um grupo de estudantes sionistas da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Ambos docentes de Relações Internacionais da instituição, Nasser e Huberman foram comunicados da denúncia na terça-feira (19/11) quando receberam a solicitação do Setor de Ética e Integridade da Fundação São Paulo (Fundasp), mantenedora da PUC-SP, para reunião a respeito de acusação de antissemitismo por parte de alguns alunos.
Nasser confirmou a Opera Mundi que recebeu a denúncia, mas disse que pediu maiores esclarecimentos ao setor, pois “não detalharam, apenas falaram que é antissemitismo e pronto”.
“Fizeram uma convocação por telefone e eu solicitei que ela fosse encaminhada por e-mail. Marcaram uma reunião sem informar do que se tratava”, afirmou o docente, apontando que a convocatória veio do setor sem antes passar pela reitoria da universidade.
Em setembro deste ano, um grupo de alunos de origens judaicas foi recebido pelo Padre José Rodolpho Perazzolo, secretário-executivo da Fundasp, após um ato contra o genocídio de Israel em Gaza ocorrido no fim de agosto.
Embora a manifestação tenha sido contra o movimento político sionista, que governa Israel e promove o massacre em Gaza e boa parte do Oriente Médio, os alunos alegaram que haviam “conteúdo e falas discriminatórios, antissemitas e ofensivos”. “O Padre comprometeu-se diante dos estudantes a apurar os referidos atos de intolerância”, diz nota publicada no dia 19 de setembro no site da Fundasp.
Tanto Nasser quanto Huberman são vozes expoentes da luta contra o genocídio do povo palestino na Faixa de Gaza.
Opera Mundi entrou em contato com a PUC-SP e buscou uma posição das Fundasp. Porém, até o fechamento desta reportagem, não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestação.
(*) Com Revista Fórum.