Por Sérgio Homrich.
Mantido o impasse com a administração, que não apresentou qualquer proposta para o cumprimento do Piso Nacional do Magistério, os professores municipais de Balneário Barra do Sul decidiram manter a greve, que completa duas semanas. São 111 professores efetivos. Na véspera de feriado, a categoria passou o dia mobilizada na frente da Prefeitura à espera de uma negociação com o prefeito interino Valdemar Barauna da Rocha (o prefeito, Antônio Rodrigues foi preso na Operação Mensageiro), esteve reunida com dois vereadores de oposição ao governo, Vinicius Soares e Wesley Felipe de Freitas, ambos do MDB, e contou com a solidariedade do movimento sindical catarinense.
Estiveram na manifestação o coordenador da CUT Regional Norte, Airton Anhaia, o representante da CUT/SC, Wanderlei Monteiro, a presidenta da Federação dos Trabalhadores Municipários (Fetram-CUT), Sueli Adriano, além do presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Jaraguá do Sul, Luiz Schorner, dos Trabalhadores em Educação (Sinte Regional Jaraguá do Sul), professor Ricardo Rocha, e de dirigentes sindicais dos Metalúrgicos de Joinville, Araquari e da Construção e Mobiliário de São Bento do Sul e Campo Alegre. “Mais um dia para exigirmos o que é nosso, mais uma vez a Prefeitura utiliza a mesma artimanha de querer jogar os nossos colegas servidores e a comunidade contra a gente”, protestou a presidenta do Sindbarra Gisleny Rondon.
Além da greve dos professores, as aulas estão suspensas no município sob alegação de que a Prefeitura deve realizar obras – o que ainda não aconteceu – para garantir mais segurança nas escolas. “Professores na rua, prefeito a culpa é sua, chega de enrolação, queremos piso e valorização”, gritavam os servidores do Magistério em greve. A Prefeitura não cumpre o Piso da categoria, que está em R$ 3.368,00, quando deveria ser de R$ 4.420,55. “Se quiser, o município pode atender à reivindicação, é uma questão moral”, criticaram os dirigentes sindicais, “estamos falando de piso, não de teto salarial”, emendaram.