Por Paula Guimarães para Desacato.info.
“Não se maltrata um professor, ele não merece sofrer”, gritaram em protesto, nesta manhã, trabalhadores em educação na Rede Pública de Ensino do Estado, em frente ao Centro Administrativo do Governo de Santa Catarina.
Em greve há mais de trinta dias professores das mais de 30 regionais do Estado reivindicam dignidade: a aplicação do Piso Nacional sem retirada de direitos.
Entre as principais reivindicações estão a descompactação do plano de carreira e a não retirada de direitos, como a regência de classe. Hoje, os professores recebem os vencimentos e mais o valor da regência. O governo quer incorporar a regência ao vencimento para que assim alcance o piso nacional. “Ele quer pagar a gente com o que já é de nosso direito. A regência é um direito conquistado com muita luta” explicou o integrante do comando de greve estadual, Geison Euzébio da regional de Araranguá.
“O governador Raimundo Colombo exigiu que voltássemos a trabalhar para reabrir a negociação. A greve vai continuar!”, afirmou Luiz Carlos Vieira, coordenador estadual do Sindicato dos Trabalhadores em Educação na Rede Pública de Ensino do Estado de SC (Sinte/SC).
O dirigente afirma que os trabalhadores seguirão em greve até que o governo aceite a negociação. Segundo ele, mais de 30% dos trabalhadores aderiram à interrupção do trabalho.
“Eu sou professora e mãe, quero qualidade, não vou tirar meu filho da escola pública. Temos que conscientizar os pais sobre a importância da luta dos professores. É responsabilidade de toda a sociedade compreender e ajudar para que todos entendam os motivos da nossa manifestação”, afirma Maria Lúcia Beltrame Costa da regional de São Joaquim.
A manifestação segue durante a tarde com parada em frente à Secretaria Estadual de Educação.
Fotos: Paula Guimarães
