Professores e estudantes da UERJ decidem por greve em defesa da Universidade

Em assembleia lotada, mais de 480 professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), decidiram manter a greve decretada na última quarta-feira (27). Como pauta emergencial os professores querem o imediato pagamento do salário de agosto e a isonomia com o calendário de pagamento dos funcionários da Secretaria de Educação que vem recebendo os salários em dia.

Técnicos e professores da UERJ estão com salários atrasados desde agosto e também não receberam o décimo terceiro do ano passado.

Os professores também discutiram outras ações para a greve como mobilizar outras frentes políticas, apontando para uma greve nacional contra o desmonte da educação, a necessidade de realizar debates sobre os seguintes temas: privatização, repasse dos duodécimos para a universidade, evasão discente e precarização do trabalho docente; ação politica de trabalho de base para o engajamento dos docentes dos diversos campi, através de seminários, materiais e cursos; questionar a reitoria sobre o ateste, prazos de trabalhos técnicos; presença da Asduerj e da categoria no movimento “Direito fica!”; conclamar o Reitor e a reitoria para um debate aberto sobre projetos de universidade.

 

A assembleia estudantil que reuniu centenas também decidiu aderir a greve com uma pauta que inclui assistência estudantil e defesa dos trabalhadores com exigência de pagamento imediato das bolsas e salárias atrasados, pela reabertura do bandejão e política de alimentação para os demais campi, moradia, transporte e creche para todos que precisam.

Os estudantes e também professores fizeram uma homenagem ao estudante Bruno Alves, falecido na última semana em um acidente no seu translado da universidade para casa, e decidiram batizar o movimento de ocupação do Restaurante Universitário (bandejão) com seu nome.

O comando da greve dos estudantes será através de dois delegados por CA, eleitos em assembleias de base que deverão ser realizadas até dia 16, quando está marcada a próxima assembleia geral. Até lá o comando será aberto.

As duas categorias se somam aos técnicos que estão em greve desde janeiro desde ano. No dia 19 está marcado o primeiro ato unificado da greve.

Carolina Cacau, que é coordenadora do Centro Acadêmico de Serviço Social disse que “a decisão dos professores de reafirmar a greve e dos estudantes de se somar a mobilização com pautas em defesa da permanecia estudantil foi um passo fundamental, agora é necessário construir uma greve unificada também nas ações e que a ocupação do bandejão, que tem simpatia dos estudantes, se torne um pólo para aglutinar as luta e mobilizar a base dos cursos com assembleias, aulas publicas para massificar a greve e erguer uma mobilização forte e capaz de derrotar projeto de precarização da UERJ e os ataques do pacote de Temer e Pezão”.

Fonte: Esquerda Diário

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