Professores de universidades federais, institutos federais e de centros federais de educação tecnológica (Cefets) anunciaram uma greve a partir do próximo dia 15 de abril. A decisão foi tomada em reunião conjunta entre representantes de 37 seções sindicais de diferentes partes do país, após assembleias locais.
Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), que organiza a mobilização, a deliberação feita em Brasília na última sexta-feira (22) é consequência de “falta de avanço nas tentativas de negociação com o governo das pautas centrais da categoria”. Entre essas pautas estão a recomposição salarial, reestruturação da carreira e precarização das condições de trabalho.
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A partir desta terça-feira (26 de março) e até o dia 9 de abril, entidades sindicais da categoria farão novas assembleias locais para discutir as pautas e organizar o movimento. Em 3 de abril deve acontecer uma paralisação. Já no dia 10, haverá nova reunião nacional. A data foi marcada para garantir 72 horas de prazo para informar o governo e as reitorias sobre a deflagração da greve a partir do dia 15.
O calendário construído pela categoria prevê ainda uma série de atividades em Brasília após a data marcada para início da greve. No dia 16, uma audiência pública na Câmara dos Deputados; em 17, marcha de servidores e servidoras na capital federal; e, no dia 18, atividades setoriais, com possível ato junto ao Ministério da Educação (MEC).
Caso a paralisação seja confirmada, a categoria docente das universidades pode se juntar aos servidores técnicos administrativos em educação (TAEs), que entraram em greve em ao menos 30 universidades do país no último dia 14 de março.
O Brasil de Fato entrou em contato com a assesoria de imprensa do MEC para posicionamento sobre o movimento dos professores, mas não recebeu retorno. Caso haja resposta, este texto será alterado.
Edição: Matheus Alves de Almeida.