Processo de paz colombiano avança com o povo como protagonista

Havana, 10 dez (Prensa Latina) O governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (FARC-EP)continuam hoje na busca de um arranjo de paz, enquanto chegam à mesa de conversas as propostas de diversos setores da sociedade desse país da América do Sul.

Depois de mais de 15 dias de negociações, ambas as partes prosseguem as discussões sobre o primeiro ponto da agenda, referido à política de desenvolvimento agrário integral, com proposições recolhidas nas Mesas Regionais de Paz, que secionaram nessa nação, e uma página da internet habilitada.

Pouco se sabe o que sucede a cada manhã com porta fechada em um salão do Palácio de Convenções na capital cubana, sede das conversas, mas governo e guerrilha têm afirmado que se segui avançando.

Ontem, em um terceiro comunicado conjunto, as partes anunciaram que receberam já várias propostas e convidaram a todos os colombianos que sigam enviando seus critérios e recomendações.

O primeiro tema, considerado pela guerrilha o ponto central para caminhar sobre a folha de rota pactuada no Acordo Geral do 26 de agosto, tem contado com a colaboração de especialistas que estão em Havana.

Além do apoio dos especialistas, o povo -considerado para as duas partes o elo fundamental neste processo- contribui com suas sugestões e inquietudes desde o site www.mesadeconversaciones.com.co e um bilhete disponível, que é recolhida nas prefeituras dos diferentes departamentos do país.

Um importante palco para debater sobre o tema da terra será também um foro lembrado nos diálogos pelas delegações, com sede em Bogotá no dia 17 a 19, que contará com o respaldo das Nações Unidas na Colômbia e no Centro de Pensamento e Seguimento ao Diálogo de Paz da Universidade Nacional.

O desenvolvimento agrícola é básico para nos adiantar outros cinco pontos: a participação política, o fim do conflito, o problema das drogas ilícitas, a atenção às vítimas e um mecanismo de implementação e verificação do acordo, e conseguir a paz estável e duradoura que tanto clamam os colombianos.

Neste domingo o chefe da delegação insurgente, Comandante Ivan Márquez, instou ao ministro de Defesa colombiano, Juan Carlos Pinzón, “a cessar o fogo de hostilidade verbal que dispara contra o processo de paz”.

Assim mesmo levou uma mensagem às Forças Armadas do país para inspirar-se em exemplos de generais da América Latina e buscar uma maneira pacífica de acabar com o conflito, que tem sangrado essa nação por mais de 50 anos.

Para as FARC-EP, disse, os soldados são também irmãos de pátria, que devem jogar seu papel na busca da justiça social e a reconciliação da Colômbia.

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