Manvendra Singh Gohil é um príncipe indiano de 42 anos que vem transformando vidas de pessoas LGBT no país. Tudo porque, além de dizer que é gay publicamente em 2006, ele acaba de abrir o seu palácio para que lésbicas, gays, bissexuais e pessoas trans perseguidas e perseguidos morem.
Aos 52 anos, Mavendra está costruindo um centro de acolhimento LGBT nas terras do seu palácio, que foi construído em 1927 e que fica localizado no Estado de Gujarat, oeste da Índia. O espaço terá quartos, instalações médicas, curso de inglês e encaminhamento para emprego.
“Eu não vou ter filhos, então pensei: por que não usar esse espaço para um bom propósito?”, declarou ele à agência Reuters. Ele afirma que muitas pessoas LGBT enfrentam muita pressão de suas famílias quando se assumem e que muitas são expulsas de casa. “Normalmente não tem para onde ir, nem meios para se sustentar”.
O terreno de mais de 60 mil metros quadrados deve abrigar todas as pessoas LGBT com comodidade. Ele também anunciou que pretende instalar painéis solares para obter energia elétrica e criar uma agricultura orgânica. O projeto foi financiado por uma campanha de arrecadação online e outras doações.
Ele também comanda a organização Lakshya Trust, que trata sobre prevenção e combate ao HIV/Aids na Índia. Vale dizer que ser LGBT ainda é um grande tabu para a sociedade indiana e que relações entre pessoas do mesmo sexo é considerada ilegal. Também vale dizer que na índia não há mais títulos de nobreza desde 1968, após a independência e integração das famílias reais à União Indiana. O nobres mantiveram seus privilégios.
Em 2009, o príncipe chegou a vir ao Brasil e, na época, afirmou ao NLUCON que nunca tinha se apaixonado de verdade. Ele disse que considerava os brasileiros quentes, calorosos e anos luz à frente do preconceito. Do Brasil, ele adorou o Guaraná e levou velas e café brasileiro.
Fonte: NLucon