ARN – A Assembleia Nacional rejeitou na terça-feira (28) o pedido de destituição do presidente do país, Guillermo Lasso, “devido a uma crise política e comoção interna” numa sessão que começou no sábado e durou três dias.
O debate parlamentar contou com a participação de 109 dos 137 parlamentares presentes e teve como foco a gestão do presidente diante da greve por tempo indeterminado organizada pela Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie), que já cumpriu 16 dias e, no momento, não tem uma data de término. Segundo a Aliança para os Direitos Humanos do Equador, durante as manifestações houve 147 prisões, mais de 300 pessoas feridas, 74 violações de direitos humanos e cinco mortes.
Após várias horas de debate virtual, e depois de três votações a destituição foi finalmente rejeitada com 80 votos a favor, 48 contra e nove abstenções. Apesar da rejeição, a iniciativa estava perto de ser aprovada, pois faltavam apenas 10 adesões para se concretizar.
O presidente, que tinha o direito de se defender da tentativa de destituição, delegou sua representação ao secretário jurídico da Presidência, Fabián Pozo, que no sábado leu uma carta na qual o presidente solicitava que o pedido de destituição “levantado por os membros da assembléia deve ser rejeitado por todos os democratas.” Além disso, assegurou que os legisladores que propuseram sua demissão o fizeram para gerar caos e desestabilização no país.
O pedido de afastamento do presidente foi feito pela bancada do partido de oposição equatoriano União pela Esperança (UNES), liderado pelo ex-presidente Rafael Correa (2007-2017), devido à grave crise política e convulsão social.
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