Por Marcelo Hailer.
O presidente do Haiti, Jovenel Moïse, foi assassinado na madrugada desta quarta-feira (7) em sua casa em Porto Príncipe. Segundo o primeiro-ministro interino Claude Joseph trata-se de um ato “desumano e bárbaro”.
As primeiras informações dão conta de que um grupo de homens atacou a residência do presidente haitiano durante a noite e o matou a tiros. A primeira-dama Martine Moïse também foi atingida e está internada recebendo cuidados.
Além disso, a madrugada que marca o assassinato do presidente do Haiti também registrou tiroteios em várias regiões da capital Porto Príncipe. O país vive uma guerra entre milícias que disputam o controle de regiões e a polícia que tenta impor controle à violência desmedida.
Desde 2017, quando se elegeu presidente do Haiti, Moïse vinha enfrentando forte oposição. O presidente assassinado era acusado de tentar impor uma ditadura no país ao tentar alterar as leis do país para permanecer no cargo, coisa que o agora presidente morto sempre negou.
Haiti vinha passando por mais um período turbulento na política pois o presidente Jovenel, que devia ter deixado o cargo no início do ano, não chamou eleições. Ele também suspendeu o Congresso e governava por decreto. Há poucos dias anunciou que as eleições ocorrerão somente em setembro. Há muita instabilidade no país e há também a ação sistemática de inúmeros bandos armados. Não se sabe ainda que bando empreendeu a ação que resultou na morte de Jovenel. No anúncio feito por Claude Joseph a informação é de que os matadores falavam espanhol. Com a morte de Moïse, é o primeiro ministro quem assume o controle do país.
Com informações da Reuters e IELA.