O presidente angolano, José Eduardo dos Santos, no poder há mais de 32 anos, liderará a lista de seu partido, o MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola), nas eleições gerais previstas para o próximo 31 de junho.
A decisão, adotada por unanimidade nesta quarta-feira (13/06) por 280 dos 300 membros do Comitê Central que participaram da reunião, permitirá a Santos tentar a reeleição. De acordo com a nova Constituição do país, a Presidência da República permanece sempre nas mãos do líder do comitê vencedor.
Angola realizou suas primeiras eleições gerais em setembro de 1992, mas seus resultados foram rechaçados por Jonas Savimbi, líder do principal partido da oposição, a Unita (União Nacional para a Independência Total de Angola), o que desencadeou uma guerra civil.
O conflito terminou em fevereiro de 2002, pouco depois de Savimbi morrer em combate e Chefes militares do governo, ao lado de representantes do Unita, assinarem um acordo de paz.
As segundas eleições gerais aconteceram em 2008 e tiveram como vencedor o MPLA, partido que conquistou mais de 80% dos votos. Embora o Unita tenha aceitado a vitória do partido, a organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch expressou dúvidas sobre a transparência do pleito devido à parcialidade na provisão de fundos públicos e a grande cobertura informativa a favor do partido governante.
Desde o final da guerra civil, Angola registrou um crescimento acelerado devido ao desenvolvimento de sua produção petrolífera. Com mais de 1,6 milhões de barris de petróleo por dia, o país se transforma hoje no segundo maior produtor do continente, atrás apenas da Nigéria.
Fonte: http://operamundi.uol.com.br/